Bem, não estou 100% viva, estes trabalhos para a universidade andam-me a matar!
Segunda-feira, 1 de Maio:
Como esta semana é a doer, segunda-feira foi dia de estudar. Rumo à biblioteca logo de manhã, eu e a Jess passámos o dia a adiantar trabalho e prepararmo-nos para o que aí vem.
A meio da tarde, marquei um encontro com uma estudante da universidade e, por $40, comprei a minha primeira polaroid!
À noite reuni-me com a Laylah, o Conna, o Markus, a Abby e a Melissa e estivemos a combinar o fim-de-semana que vem: como o Conna e a Laylah vêm das Snowy Mountains, estamos a organizar uma viagem para lá, onde nos vão mostrar a zona e a maior montanha da Austrália. Embora não seja um sítio super conhecido fora da Austrália, estou super entusiasmada com esta visita e a adorar o empenho que eles estão a ter para ter a certeza que aproveitamos o máximo daquela zona!
Terça-feira, 2 de Maio:
Como tinha teste à tarde, depois da aula de MGNT110 das oito e meia fui para a biblioteca acabar o meu estudo de ENGG461. Desta vez, em vez de ir para o barulhento nível 2, acabei por ir para o silencioso nível 1. Sim, aquele em que te sentes mal ao tossir porque estás a disturbar o resto do pessoal. Esse mesmo.
Para o almoço, juntei-me à Bec e fomos comer os típicos wedges (aparentemente chamadas cunhas de batata em português) com sour cream e sweet chilli - clássica comida que se pede no UniBar e que até está na minha lista de 50 coisas a fazer enquanto estou aqui.
Depois de almoçar, juntei-me ao grupo com quem vou apresentar o trabalho de project management para acabar o estudo para o teste e discutir potenciais perguntas e soluções.
Teste feito, chegou a hora de finalmente descansar um bocado. E nem isso deu para muito. Logo depois de jantar, eu, o Jake e o Denver reunimos na biblioteca para discutir a nossa estrutura do debate de quinta-feira e partilhar algumas opiniões.
Assim que cheguei a casa, foi altura de fazer a minha primeira sopa desde que me mudei para aqui. Depois de um drama para encontrar um tacho suficientemente grande e uma varinha mágica (que não encontrei e tive de usar um processador de comida), lá fiz a sopa enquanto todas as minhas colegas de casa anunciavam o facto à família de forma a parecermos saudáveis e responsáveis (mal sonham eles que eu e a Jess comemos um prato de nachos logo a seguir).
À noite, lá acabei de estudar o material necessário de MGNT110, fiz o teste online e fui dormir.
Quarta-feira, 3 de Maio:
Na véspera do dia menos esperado de todo o meu intercâmbio aqui na Austrália - o debate de ENGG440, passei o dia todo trancada no quarto a pesquisar informação sobre universidades do top mundial e a preparar os meus pontos.
À noite, depois de um encontro com a equipa do debate toda (tanto o lado a favor como contra) em que estivemos a rever os pontos de cada um e a garantir que ninguém ia apanhar a outra equipa de surpresa com um argumento novo, lá vim para casa escrever todo o meu discurso e preparar-me para destruir a equipa oposta no dia a seguir.
Quinta-feira, 4 de Maio:
Depois de uma noite terrível (e previsível) por causa dos nervos, chegou o dia tão pouco esperado. Uma hora antes da aula, lá fomos para uma sala na biblioteca para treinar todas as partes uma vez e para nos familiarizarmos com os ataques uns dos outros. Tudo ensaiado, lá foi a equipa de seis quase engenheiros todos bem vestidos (menos um deles que, embora tenha sido o primeiro a sugerir irmos bem vestidos, resumiu-se a umas calças de ganga com buracos não propositados e uma camisola de um clube mecatrónico demasiado justa e velha) rumo ao nosso primeiro debate.Numa discussão com um inglês meio atrapalhado graças aos nervos, lá apresentámos o nosso debate ao resto da turma.
No final, numa ronda de perguntas e feedback, a turma decidiu que o meu lado do debate ganhou (concordando, portanto, que a UOW tem a estratégia correcta para chegar ao top 1% de universidades mundiais) e a professora elogiou um dos meus argumentos usados, dizendo que foi o melhor utilizado durante o debate e que a equipa adversária não respondeu por não ter defesa para isso.
À hora de almoço, numa tentativa de encher os nossos armários sem nos custar os olhos da cara, eu e a Abby seguimos para o Aldi. E, mais uma vez, fomos confrontadas com as ridículas regras australianas relativas a álcool: a Abby, quando estava a pagar uma garrafa de vinho, teve de mostrar o passaporte dela; e quando a funcionária me viu, embora eu estivesse a fazer uma compra separada, também me pediu o meu; como não tinha o meu passaporte comigo mas apenas a minha carta de condução (que tem a minha data de nascimento e é o que tenho usado para entrar em todos os bares!!), recusaram-se a vender a garrafa à Abby.
À tarde, numa preguiça envolta em procrastinação, vi o documentário sobre a Amanda Knox - Eu sei, eu sei, haverá melhor documentário para ver enquanto estou de intercâmbio do que este?
Depois da aula prática de AUST101, e embora eu e a Ana tivessemos combinado trabalhar juntas no essay, acabei por voltar para casa e, passado uns minutos, já tinha sido convencida a ir sair pela Abby e pela Bec.
Assim, depois de uns pre-games que incluíram o jogo de ter papel com o nome de uma pessoa na testa e ter de descobrir quem é (sugiro escrever o nome da própria pessoa ou de Jesus, ambos vão dar perguntas engraçadas), lá fomos comemorar o cinco de maio num restaurante que de mexicano só tinha os sombreros comprados na loja dos chineses.
| Eu, a Abby e a Bec na nossa típica polaroid antes de sair |
Quando chegámos a casa, seguimos para a cave do novo edifício de Kooloobong e metemos pizzas no forno. No meio da alegria de ter uma pizza quentinha depois de uma noite de discotecas, obriguei as minhas colegas de casa a prometer-me que teríamos sempre uma pizza como opção no congelador.
sexta-feira, 5 de Maio:
Sexta-feira, para recuperar de todo o sono perdido ao longo da semana, foi dia de dormir até tarde. Mas, contra a minha vontade, à hora de almoço lá tive de ir para a aula teórica de ENGG461 porque era obrigatória. Num auditório nunca antes visto tão cheio, vi muitas pessoas pela primeira vez na vida, embora seja quase o final do semestre e este seja o único horário para esta aula.
Depois das duas horas mais entediantes da minha vida, eu, a Jess e a Abby seguimos para a loja de merchandising da universidade, onde fomos aproveitar os nossos vales de desconto e comprámos camisolões a dizer "UOW".
Agasalhos comprados, seguimos para o UniBar para usar o nosso vale de desconto num hamburguer de frango e comprar as clássicas wedges.
À noite, reunidas na cama da Jess (como ela é incrivelmente alta, a Jess preencheu um pedido para receber uma cama maior e, agora, tem a melhor cama de casa, fazendo do quarto dela o novo lugar comum da casa), eu, a Abby e a Jess começámos a ver a série do Netflix: Dear White People.
Sábado, 6 de Maio:
Embora tenha combinado ir a um beach clean up logo de manhã, o sono falou mais alto e o meu amor pela minha cama também. Assim, quando acordei e finalmente comecei a ser produtiva, comecei a trabalhar no meu essay de AUST101 e a ver todos os requisitos para o mesmo: analisando três artefactos culturais, o objectivo do essay é demonstrar como é que a identidade nacional muda ao longo do tempo.
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| Eu e a Jess na foto utilizada para divulgar o evento entre os nossos amigos |
Domingo, 7 de Maio:
Bem, e chegou o dia mais excitante desta semana!
Depois de duas horas de sono, lá acordei às quatro e meia da manhã com a Abby a bater-me à porta do quarto: eu e a ela, numa atitude muito masoquista, juntámo-nos a um grupo de pessoal de Wollongong numa caminhada para ver o nascer do sol. Assim, depois de nos prepararmos fisica e mentalmente para a aventura em que nos metemos, às cinco da manhã apanhámos boleia do Andrew (um rapaz que não conhecíamos mas que se disponibilizou para nos dar boleia) e lá seguimos para o monte Ousley.
Ainda de noite, encontrámo-nos com o resto do grupo e, sem ver bem o caminho, seguimos para o topo do monte, mais precisamente para Brokers Nose, onde ficámos para ver o nascer do sol.
| Uma fotografia romântica de mim e da Abby a ver o nascer do sol em Brokers Nose |
Depois de mil e uma fotos e de uma vista magnifica, voltámos para o parque de estacionamento, onde nos despedimos do pessoal que não ia continuar a caminhada. E, depois de planearmos o próximo destino, seguimos de carro para o Penrose Park, onde a Laani fez um barbeque surpresa para todos.
Energias repostas, seguimos numa viagem de carro pelo parque e, mais tarde, deixámos os carros para trás e metemo-nos num verdadeiro bushwalk - a caminhar no meio do mato, sem qualquer caminho definido, assim nos perdemos durante umas horas (mas sempre acompanhados de sanguessugas). Foi nesta caminhada também que conheci o Fernando, um brasileiro que está a viver em Sydney há três anos mas que passa a maior parte do seu tempo em Wollongong.
| Eu e a abby! |
Muito esforço depois, sapatilhas cheias de lama e depois de escalarmos uma rocha, lá encontrámos os carros e partimos rumo a casa. Chegando a Wollongong às 15h, isto fez esta aventura demorar 10h.
| A Abby, eu, o Luke, o Andrew, o Fernando e o Mathew. À frente a Laani, a Stacey e mais duas raparigas cujos nomes não sei |
Assim que tomei um banho, e já a stressar por causa do tempo perdido durante a manhã, isolei-me no meu quarto a escrever o meu essay de Australia101 e a tentar adiantar algum trabalho de project management.
Numa noite longa devida ao essay e ao cortejo da queima das fitas que fiz questão de ver em direto, só me fui deitar às 6 da manhã, fazendo com que tenha feito uma direta sem querer.

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