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Mas afinal a Austrália é na Oceânia ou na Ásia?! (Week 5)

Mais uma semana, mais notícias minhas (embora um bocado atrasadas). Chegou a quarta semana do semestre e, com ela, começou o trabalho para a universidade. Por isso, não consegui lançar o post no domingo, como é habitual.

Segunda-feira: 

Como habitual, a semana para mim começa com um dia livre e, como no fim-de-semana raramente adianto trabalho, hoje aproveitei para estudar a primeira matéria de gestão pois tenho até quarta feira de manhã para resolver o quizz no moodle!

No final do dia houve uma reunião com todos os habitantes da parte velha de Kooloobong para serem discutidas regras da residência, dicas de segurança e, como não podia deixar de ser, para comermos pizza grátis - a estratégia da comida grátis é para ter a certeza que têm pessoas nos eventos e, até agora, tem resultado muito bem.
No meio da reunião falámos também de sexo protegido e consentido e, para ilustrar, vimos o melhor vídeo de sempre feito sobre o assunto. Deixo aqui o link porque acho que vale mesmo a pena ver: 
vejam aqui!.

Terça-feira:

Às oito e meia da manhã lá fui eu para a minha aula de gestão, esta semana com o tema de recursos humanos. Depois de a professora me ter ouvido a dizer ao meu grupo que eu já tinha organizado recrutamentos, o dever de leccionar a aula quase que foi inteiramente transferido para mim e, assim, lá estive eu a falar da minha experiência enquanto coordenadora de recursos humanos da ESN Coimbra.
Depois de uma hora a fazer de professora, segui para a biblioteca para adiantar um bocado de trabalho e pensar no atual dilema: tenho dois sítios onde estão a oferecer almoço no campus mas não tenho muito tempo, o que fazer?
Enquanto tentava chegar a uma solução, aproveitei para ir à zona de apoio informático da universidade para ver se conseguia instalar um programa que preciso para uma das minhas disciplinas. Dez piscinas nadadas à volta da universidade por me terem indicado o sítio errado, lá cheguei à helpdesk (que não era nada mais do que o edifício colado à biblioteca). Depois de inúmeras tentativas falhadas para instalar o programa, chegou a hora de almoço e com ela a decisão final. But, why not both?

Assim, numa corrida contra o tempo, consegui fazer a proeza de escrever o meu nome a tinta numa banca à porta da biblioteca para ter direito a comida, comer um delicioso wrap de galinha e estar a tempo numa sessão de esclarecimento da Northrop, onde no fim teria direito a umas fatias de pizza (Pessoal, estou a adorar esta cena de comida grátis - a sério que sim!- mas podiam por favor variar um bocadinho e não ser sempre pizza do Domino's?).
O show case da empresa serviu para conhecer um bocadinho mais sobre a mesma e descobrir as oportunidades que um engenheiro aqui em Wollongong tem, o que foi engraçado. Serviu também para conhecer o Devin, um rapaz super simpático do Sri Lanka que fez intercâmbio em França no ano passado (e claro, serviu para comer uma fatiazinha de pizza).

A seguir à aula teórica de Australia101 onde estivemos a falar do que é necessário para o trabalho da semana que vem, segui para a minha aula prática de ENGG461, onde vim a descobrir que sou colega do Devin e consegui finalmente instalar o programa que queria, com ajuda de um rapaz do meu grupo.
No final do dia (e depois de ter descansado a ver um episódio de Suits), segui para uma sala de estudo com o Jake para começar o estudo para o teste de quinta. Não me lembro se já referi isto no blog mas as minhas residências têm quatro salas de estudo totalmente equipadas que podemos requisitar para ir estudar sozinhos ou em grupos.
Assim, depois de o Jake me ter ajudado a responder ao meu quizz de gestão, começou a jornada de estudo para o primeiro teste de ENGG440.

Quarta-feira: 


Quarta-feira, apesar de querer aproveitar para estudar, fui buscar uma encomenda que o Filipe me enviou e acabei por me perder a manhã inteira nos miminhos que lá vinham dentro.


Depois de almoço ataquei os livros e, no final da tarde, segui para a sala de estudo com o Jake e a Abby, onde ainda se veio juntar o Daanish, um rapaz de origens indianas que conhecemos na semana passada quando ele estava à procura de uma chave de fendas (e, como tive de arranjar a secretária, agora tenho uma). Com algumas pausas no meio do estudo para ir roubar rolos de pizza acabadinhos de fazer à cozinha ao lado, lá acabámos o estudo necessário para o dia seguinte.

Quinta-feira:

Depois de uma discussão comigo mesma sobre ir ou não à aula teórica antes do teste (da mesma disciplina), quando cheguei à aula fiquei mais do que contente por tê-lo feito: o professor estava tão lixado com a pequena quantidade de alunos que apareceu na aula que nos pediu para escrevermos o nosso nome num papel e garantiu que, se algum de nós tivesse algum problema com a nota do teste, ele tentaria ajudar.

Chegou a aula prática e, com ela, a hora de teste. Com o projetor a mostrar uma contagem decrescente do tempo que tínhamos para fazer o teste, mesas separadas e mochilas no chão, lá resolvemos as perguntas do teste a medo - basta termos menos de 40% numa avaliação qualquer da disciplina (pode ser logo no primeiro teste) e estamos automaticamente chumbados.

Depois de ir a casa e almoçar, voltei a faltar à minha aula teórica de gestão por falta de vontade de me meter debaixo da chuva torrencial que tem estado (e todas as aulas são gravadas e publicadas no moodle, o que faz com que não seja grave).
Já a aula prática de AUST101 é obrigatória e, por isso, lá fui eu para o edifício 19. Desta vez sentei-me com uma rapariga australiana que ainda não conhecia e, passado 15 minutos, já sabia tanto da vida dela como da relação conflituosa entre a melhor amiga e o namorado.

Quando cheguei a casa, eu e a Jess seguimos para as compras. É uma sorte gigante viver com alguém que tem carro aqui, poupa-nos tempo, trabalho e dá-nos a possibilidade de ir a sítios fora da rota dos autocarros grátis. 
Assim, eu e a Jess aproveitámos para ir fazer compras para o mês no Aldi (e, consequentemente, poupar dólares e dólares em bens essenciais), seguida da minha primeira ida ao McDonalds na Austrália - desapontante, a sério: apesar de ter muito mais opções (e até um hamburguer criado pelo cliente!), o sabor está muito aquém do nível português.

A felicidade na cara de alguém que não sabe que o McDonald's é na verdade bem melhor do que isto


Sexta-feira: 

Sexta-feira foi dia de repor horas de sono e, por isso, não teve direito a manhã produtiva.

No intervalo da aula teórica de ENGG461, o Devin veio-se sentar ao meu lado e perguntou-me se quero aparecer na página "Faces of UOW". É um projecto igual ao "Humans of NY" mas com a população estudantil e ele faz parte da organização. Disse-lhe que iria pensar no assunto (e tentar arranjar algo interessante para escrever com a minha foto) e ficámos o resto da aula a falar.

Depois da aula fui para o Student Lounge preparar um envelope com documentos e recibos para enviar para a minha mãe quando, de repente, dou por mim com um rapaz sentado na minha mesa, a fazer-me mil e uma perguntas. Porque é que estou com cara de entediada, o que estou a fazer, de onde sou, onde vivo, o que estudo, qual é o actual número do Cristiano Ronaldo, que equipa tem uma parceria com a UNICEF.. Passado cinco minutos, dou por mim com dois rapazes exatamente iguais sentados na minha mesa e, passado uns segundos, mais três amigos.
E foi assim que conheci o Raman e o Gagan, dois irmãos gémeos de origem índia que estão no segundo ano de engenharia civil e que acharam que eu estava a precisar de os conhecer para verdadeiramente aproveitar a minha vida académica aqui. Depois de muita conversa, o Gagan e o Raman foram embora porque tinham uma aula teórica para a qual já estavam atrasados. Aula teórica essa que não sei se alguma vez chegaram a ir pois, passado meia hora, apareceram com outro amigo que me queriam apresentar por ser um fã do Cristiano Ronaldo.

Este é o Student Lounge, um dos mil e um espaços na universidade que podemos usar para estudar ou só para passar o tempo


Sexta-feira à noite foi dia de ir sair e de conhecer mais bares em Wollongong. Combinei ir a um bar com o João, um rapaz australiano com pais portugueses que acabou o curso no ano passado e está agora a trabalhar na universidade, mas estava tão cheio que não conseguimos entrar. E foi assim que, depois de uma corrida a 2 ou 3 bares, fomos parar ao Mr Crown, onde entretanto encontrei o Markus (da Áustria) e a Melissa (canadiana com pai português e mãe brasileira). Depois de umas cervejas, seguimos para o The Harp, o bar de karaoke onde se vai sempre à sexta-feira mas, apesar de nos inscrevermos, não tivemos oportunidade de subir a palco.

A Michelle, a Ang e a Cathy na karaoke no The Harp

Sábado:

Com todas as raparigas de minha casa em Sydney (por motivos diferentes), sábado foi dia de fazer absolutamente nada para além de uma maratona de episódios de Suits e de tentar começar a escrever o meu essay para AUST101 (e de falhar e ir ver mais suits).


Domingo: 


E finalmente chegou o bom tempo!
A minha ideia inicial para domingo era ir a Sydney com o Jake para ir ter com o Markus, que passou lá o fim de semana (ir e vir a Sydney ao domingo fica a $2,50, o que é ridiculamente barato). Mas, por não ter adiantado nada do meu essay que é para terça, tive de desmarcar os planos.

Assim, e a tentar aproveitar também o bom tempo, combinei com a Ana (a rapariga eslovena do andar de cima) ir para o Pepe's, um bar na praia, tentar adiantar trabalho.
Depois de uma manhã a fundo a ler artigos, fizemos uma pausa para uma ida à praia que acabou por durar a tarde toda - e onde conheci o grande núcleo de estudantes noruegueses e suecos que está cá e uma rapariga alemã super amorosa!

Pepe's!


Para acabar em grande, decidi juntar-me ao clube de atividades ao ar livre na caminhada ao final da tarde. Assim, eu e a Urte (acho que ainda não expliquei quem é a Urte e como a conheço mas é uma história engraçada e por isso fica para um dos P.S.) fomos de boleia com o Mohit (um estudante indiano de engenharia que se disponibilizou no facebook para nos dar boleia) para o ponto de encontro, passando ainda por casa do Alren (também ele indiano) e da Mayrin (da tailândia), para os ir buscar.

Saímos às 19h do ponto de encontro rumo ao topo do percurso Sublime Point, onde teríamos uma vista sobre toda a zona. Através de um percurso ainda mais desafiante do que o normal pela quantidade de lama e pela falta de luz, lá chegámos (a muito custo!) ao topo da montanha. E, como prometido, a vista valeu a pena! Com uma vista ampla sobre as luzes de Wollongong e dos subúrbios, o topo da montanha é uma recompensa gigante para quem fez o esforço da caminhada.
Mas, como tudo o que sobe também desce, pouco depois tivemos de voltar para baixo, desta vez numa caminhada totalmente às escuras, com ajuda de uma ou outra lanterna.


O que mais gosto em caminhadas aqui é a diferença das plantas de cá e das a que estou habituada!

Vista do topo da montanha!

Eu sei que domingo é dia de escrever o blog mas, depois deste dia, não tinha energias para mais do que um banho e um mergulho na cama!

Até para a semana!

P.S.: A Urte é uma rapariga da Lituânia que estuda engenharia informática e que, há cerca de um ano (quando saíram os resultados da candidatura ao programa de mobilidade), me começou a contactar via e-mail para saber pormenores sobre o resto da candidatura e do processo - o professor dela deu-lhe uma lista de e-mails de pessoas que também viriam para Wollongong com a mesma organização e, no meio delas todas, ela decidiu escrever-me a mim.
Depois de imensos e-mails trocados, decidi ir pesquisar a Urte no facebook para, finalmente, associar uma cara à pessoa. E qual não é o meu espanto quando vejo que tenho um amigo em comum com ela. A Paulina, também da Lituânia, é a melhor amiga do curso da Urte e foi exatamente a pessoa com quem eu me dei melhor no evento internacional da ESN a que fui uma semana antes de pesquisar a Urte no facebook!

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Um mês! (e portanto Week 4)

Olá a todos!!

Não fosse o facto de ter de escrever um título para o post e eu nem reparava que já estava aqui há um mês! É verdade, faz hoje um mês que aterrei em terras australianas (embora tenha saído de portugal já dia 17 de fevereiro).

Então, vamos lá começar o relato da minha semana para os que ainda têm paciência para ler isto (e para mim para o futuro, que a memória não dura para sempre!):

Segunda-Feira:

Como tudo o que é bom tem um fim, segunda-feira de manhã foi dia de vir de Sydney rumo a Wollongong. Mas não vim de mãos vazias! Para acabar a espectacular recepção que tive em Sydney, a Amélia preparou-me um saco de miminhos para trazer: bolo, granola, mangas do jardim deles (deliciosas!) e postas de bacalhau (para quando tiver com um ataque de saudades de comida portuguesa!!).

Assim, às seis e meia da manhã lá foi o Arsénio (um herói por ter acordado a esta hora só para me dar boleia!) levar-me a casa da Carla (minha prima), onde tinha combinado com o namorado dela para me trazer de volta a Wollongong. Numa viagem marcada pela luta interna no meu corpo para me manter acordada, o Misel ainda fez questão de fazer um desvio para me mostrar o maravilhoso parque nacional e fazer a Grand Ocean Drive (infelizmente estava muito nevoeiro e a vista não estava no seu auge mas mesmo assim foi bonito).

Chegada às residências, fui diretinha para a cama fazer uma sesta de duas horas para poder ter um dia mais produtivo.
Quando acordei, fui para o campus (isto é, andei 500metros) tratar da papelada por ter mudado o plano de estudos - é incrível a organização e a rapidez com que eles tratam disto aqui; Quem atende são estudantes que trabalham no centro de apoio ao estudante em Part-Time (um deles é o que nos foi buscar ao aeroporto) e mesmo assim funciona super bem!

Papelada tratada, a Jess, eu e a Bec fomos para a biblioteca estudar - é a terceira semana de aulas e já é difícil de encontrar lugares na biblioteca - mas desistimos passado um bocado e seguimos para casa.

Para quem me pergunta como é Sydney:
Como disse, ainda não visitei o centro da cidade e, por isso, ainda não posso falar da Opera House e afins. Mas, do que vi, a maior diferença que noto com qualquer outra cidade grande em que já tenha estado é o facto de quase não haver prédios. Claro que há prédios (e gigantes) no centro mas nos subúrbios não se vê nem um. São tudo casas e, portanto, a cidade estende-se por kilometros e kilometros (e é super difícil e caro de arranjar uma casa!).

Grand Ocean Drive (infelizmente com nevoeiro)

Terça-Feira:

Depois de madrugar para a minha aula prática de Introdução à Gestão, perdi-me no edifício 19 (clássico) e cheguei 10 minutos atrasada. Juntei-me a um grupo qualquer e lá acabei o trabalho que a professora tinha pedido no início da aula.
Novamente voltei a reparar que é dado garantido que todos os alunos que estejam na sala já tenham experiência de trabalho e, relativamente a um dos P.S. de um post anterior, que chamam "Maccas" ao McDonalds, mesmo os professores.

Numa pausa do meu estudo intenso para o teste da tarde, a Abby e eu seguimos para o Unibar (que, pelos vistos, é uma coisa que existe em todas as universidades australianas) gastar mais um dos nossos cupões num Schnitty Burger e Wedges - Hamburguer de panado de frango com as melhores batatas do mundo.

Depois do almoço, fui de novo para a biblioteca onde tinha encontro marcado com o meu grupo de trabalho de ENGG461 para discutirmos algumas respostas do teste que teríamos a seguir - o professor deu-nos as perguntas antes do teste e a maior parte delas é relacionada com o trabalho de grupo que temos para a disciplina e a estratégia que cada um está a utilizar para o realizar (acreditamos profundamente que o teste só existiu para nos obrigar a reunir e discutir o trabalho, que é a estratégia do professor para nos obrigar a ir fazendo progressos).
Respostas discutidas, lá seguimos para a sala para fazer o teste. E, ao contrário de todas as minhas teorias da conspiração e pesadelos, afinal ele era praticamente igual (numa das minhas reflexões sobre o porquê de ele nos ter dado o teste previamente, ponderei que poderia ser uma ratoeira e que o teste não teria nada a ver com aquele).

Primeiro teste feito, foi hora de repor o blog da semana anterior (e isto ainda leva umas boas horitas!).
A caminho do nosso jantar numa outra residência da universidade (a convite das raparigas italianas), reparei numa outra diferença gigante entre portugal e australia/américa. Enquanto eu fui trocar de roupa e meti uma coisa mais bonitinha, elas foram simplesmente de calções de fato de treino e t-shirt (mesmo sendo a primeira vez que íamos jantar lá a casa).

Massa italiana muito bem cozinhada (e com direito a sobremesa a seguir!), o jantar foi super giro e deu para conhecer melhor as italianas e o resto do pessoal que estava lá - 5 americanas, 1 canadiana, 1 australiana, 1 taiwanês, eu e as italianas.


Quarta-Feira:

Litro de água bebido mal acordei, lá segui eu para a segunda tentativa de tirar sangue para ajudar a tal investigação sobre a quantidade de omega 3. A enfermeira, já alertada do meu historial, lá estava com as precauções todas preparadas especialmente para mim. Depois de tentar (com direito a seringa) no braço esquerdo, lá desistiu e passou para o direito onde, a muito custo, lá tirou o que precisava e mandou-me à minha vida.

A seguir ao almoço segui para o campus para ir tomar café com a Whitney, uma americana que fez uma publicação a dizer que ia para a Nova Zelândia na páscoa e que está à procura de pessoas para se juntarem. Como esse é um dos planos em consideração, fui conhecê-la e ver se estaríamos na mesma onda de viagem.
Depois do encontro com a Whitney, segui para um encontro com a Ciara, uma irlandesa com quem já tinha falado um bocado antes de vir para cá.

A meio da tarde eu e a Bec seguimos para a H&M e uma segunda ronda de compras super baratas (ainda mais quando, pela segunda vez seguida, o senhor só passa o código de barras de 4 das minhas 5 peças).
Super contentes com as pechinchas que conseguimos (mais baratas do que seriam em Portugal), lá seguimos para casa (que estava a brilhar, depois de eu ter mandado um alerta porque ninguém tinha feito as tarefas da semana).

E como não podíamos acabar o dia tão felizes como saímos do centro comercial, recebemos a notícia que esta semana não haveria Meet and Eat e, por isso, não teríamos jantar grátis e teríamos de gastar do nosso dinheiro - coisa que achamos impensável a uma quarta feira.

Quinta-Feira:

Depois de uma maratona à chuva, cheguei à aula teórica de ENGG440 onde estava o Jake à minha espera (não fosse eu a Eva e estivesse a horas).
Já com café na mão, seguimos para a aula prática da mesma disciplina onde a professora anunciou os grupos em que estamos para o debate e, felizmente, conseguimos o nosso tópico inicial da estratégia da UOW para atingir o top 1% de universidades do mundo!
Na aula também reparei que havia um rapaz com um nome português mas depois vim a descobrir que é um indiano cujo tetravô era português.

Enquanto vim a casa para almoçar e acabar o meu trabalho para a última aula, começou a chover torrencialmente e desisti de ir à minha aula teórica de Gestão - estas últimas duas semanas tem chovido de uma maneira ridícula que até a universidade mandou uma notificação a todos os estudantes para ter cuidado por causa das cheias.
Quando a chuva acalmou, aproveitei para ir para a minha aula de Australia101, onde tivemos a discutir o mítico "é a Austrália um país novo ou velho?" e um pouco da história. Foi também nesta aula que eu conheci a Ana, uma rapariga da Eslovénia que está cá durante este semestre e que pelos vistos mora no andar acima de mim.

À noite, embora tivéssemos combinado ir sair, ficámos em casa à espera que o Brad (namorado da Bec, que veio cá passar o fim de semana) chegasse e, por causa da quantidade ridícula de chuva, acabámos por nem meter os pés na rua. Depois de ir buscar a Bec, ficámos na sala a ouvir as impressões dela do seu primeiro cocktail de direito (a sociedade de direito aqui da universidade é toda fancy e organiza 4 ou 5 cocktails/galas durante o ano).



Sexta-Feira:

Depois de uma manhã preguiçosa passada na cama, lá segui para a aula teórica de ENGG461 onde encontrei o Eduardo - estudante de intercâmbio do México com quem vim no transfer logo no primeiro dia - que tem sido a minha companhia em todas as aulas de sexta feira.

Pouco depois do final da aula, já estava a nossa casa cheia de gente vestida de verde preparada para os pre games antes da noite de St. Patricks. Quando chegou a hora de ir para os bares (que aqui é às dez mais tardar) e como ainda faltava para o party bus ir para o centro, aproveitámos e inaugurámos o serviço da Uber que começou aqui na quarta-feira (e pagámos $8 em vez de $20),

Saídos do carro, corremos na chuva rumo ao Dicey Rileys, um pub irlandês onde o espírito de St.Patricks estava no máximo. Depois de ter perdido o meu grupo de amigos, acabei a ir para o the Harp, um bar de karaoke, com o Eduardo, a Sarah (única pessoa que conheço que fica um ano em Wollongong) e uns americanos que conheci no pub. Mas, como a fila estava gigante, segui para o Hotel Ilawarra, um dos sítios para onde nós costumamos ir - e entrei precisamente quando estavam a dar a Danza Kuduro (música portuguesa e espanhola que acho que era a única pessoa no bar a conhecer).

Quando o bar começou a esvaziar, lá seguimos para um restaurante turco para comer uma pizza (e eu uma pide, um prato turco com que ando a ter sonhos desde que fui à turquia, e que acabou por ser uma desilusão) e depois apanhámos um Uber para vir para casa (cujo condutor era um indiano que está a fazer o mestrado em engenharia).

Eu e a Bec no pub irlandês na noite de St. Patricks

Sábado:


Dia de compras e de limpezas, este sábado acabou por não correr como esperado quando, a sair do estacionamento inclinado, a Jess meteu a primeira em vez da marcha atrás e passámos por cima de um bloco de cimento que está lá para controlar o estacionamento e não deixar os carros ir muito para a frente. Pior foi quando, a tentar tirar o carro, o Conna, com o pé no máximo no acelerador (e desta vez com a mudança certa!), deixou o carro descair e, consequentemente, bater num muro que estava à frente.

Depois de chamar a assistência e de puxar o carro, lá seguimos para casa e não voltámos a sair, com medo de bater outra vez. Assim, aproveitámos para lavar os nossos lençóis e afins, tarefa sempre muito divertida.



Acho que estas não precisam de descrição

Domingo:

Quando acordei, já a Jess tinha partido para um pubcrawl (às dez da manhã, sim). 

Tentando começar o dia com um bom pequeno-almoço, lá fui preparar uma taça de fruta, iogurte e sementes e um pão com nutella. Posei-os na mesa da varanda para ir buscar um copo de água e, quando voltei, já havia uma reunião de 5 pássaros à volta da minha comida. Isto de comer ao ar livre é muito bonito mas aqui na Austrália não resulta bem.

Hoje aproveitei para organizar as minhas coisas da universidade e começar a estudar para um teste que tenho amanhã (mas é online então fica disponível durante 48 horas) e ao final da tarde, depois da Jess já ter chegado e ter adormecido duas vezes no corredor, seguimos para o Domino's, onde fomos buscar a nossa maravilhosa encomenda de pizzas a $5.

O resto do dia passei-o a procrastinar, escrever este post e tentar decidir como serão as minhas férias de páscoa - Nova Zelândia ou Tasmânia?

Beijinhos a todos!

P.S.: Parabéns Hugo!
P.P.S.: Feliz dia do pai, Pai!






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Não há duas sem três! Week 3

Olá olá!!

Embora atrasado, aqui vai o post da minha terceira semana no outro lado do mundo!


Segunda-Feira:


Segunda-feira serviria para descansar se eu não tivesse partido a minha secretária no dia anterior. Assim, de manhã, eu e a Jess seguimos para o Bunnings - um armazém gigante de bricolage e tudo o que se possa querer para casa - para tentar arranjar uma solução para a porcaria que fiz. E, quando estávamos no meio das chaves de fendas, um funcionário veio falar connosco para nos dar a sugestão dele sobre qual comprar. No fim de uma conversa entre a Jess e o senhor em que eu só soltei um "yeah", o senhor (de nome "Luis") pergunta-me de onde sou por ter "sotaque diferente". Ainda meia confusa de como é que ele se apercebeu que não era australiana dado que eu não falei, lá lhe disse que era de Portugal e ele, todo contente, disse-me que era da Colombia. Sim, tudo a ver.

À tarde fui para o Unibar (café super fixe no meio do campus onde costuma haver concertos ao vivo e montes de festas - O Hodor do GoT é DJ e tocou aqui semanas antes de nós chegarmos!!!) onde havia um Meet&Greet (com comida grátis, obviamente).
No meio de uma confusão de nacionalidades e de australianos que tinham ido para todo o lado do mundo, lá encontrei o meu "buddy" fingido (o Keegan!) e ele me apresentou a uma rapariga que vive em França cujos pais são portugueses e que ficou super entusiasmada por conhecer alguém com quem possa praticar os seus dotes de português. Assim, numa reunião entre uma portuguesa, uma filha de portugueses a viver no canadá e uma filha de portugueses a viver em frança, se passou uma bela tarde acompanhada de aperitivos.
Infelizmente ainda não consegui conhecer a minha buddy  -a Jacki, uma rapariga que estuda psicologia e que parece ser um amor! - pois ela, para além de estar a estudar, tem dois trabalhos diferentes.

Quando voltei para casa vim directa para o computador para fazer uma entrevista online para o projecto Everest. Este projecto, que conheci logo na O-week, tem como objectivo ajudar a desenvolver países de terceiro mundo não através de caridade mas sim com recurso a tecnologia e empreendorismo.
E, se estava à espera da típica entrevista através de uma chamada Skype, o que recebi não teve nada a ver com isso. Num percurso online, foram-me apresentadas 12 perguntas às quais tinha de responder com um vídeo de 4minutos feito à primeira.

Chegaram as fotografias que tinha encomendado! Agora sim, já me sinto em casa!


Terça-Feira:


Depois de uma noite mal dormida - desde que cheguei que quase ainda não tive nenhuma noite bem dormida - lá me levantei a muito custo e fui tratar dos meus assuntos.

Depois de uma aula teórica de duas horas em que só me apetecia dormir, fui falar com uma professora para pedir conselhos sobre quais cadeiras deveria ter este semestre e, finalmente, consegui então acabar o meu plano de estudos!

AUST101: Australian Studies: Cultures and Identities
MGNT110: Introduction to Management
ENGG461: Managing Engineering Projects
ENGG440: Strategic Management of Engineering

Depois de uma aula prática de ENGG461 em que serviu mais como reunião do projecto de grupo, vim para casa tentar descansar o que não descansei de noite e, às oito, seguimos todos para a sala de convívio do edifício novo das nossas residências para uma sessão de Tea with TED, em que vimos um ted talk sobre como identificar um mentiroso.



Agora numa nota mais à parte:
Viver num campus é muito bonito em relação à parte social mas a parte do descanso não encaixa bem aqui: à noite é difícil de dormir por causa do barulho das festas ou simples conversas entre o pessoal perto do meu quarto, de manhã é totalmente impossível continuar o sono quando os pássaros acordam. E acreditem, não são pássaros quaisquer. Não é aquele despertar suave e melodioso que os despertadores até reproduzem. Querem ter uma pequena ideia de como é? Força: https://www.youtube.com/watch?v=TqdRQxgtZtI
E isto são apenas dois, imagem agora o que é uma árvore cheia deles...


Quarta-Feira:



De pé logo cedinho (adivinhem porquê!), lá seguiu o apartamento 36 para um pequeno-almoço grátis no campus.
Barrigas cheias, seguimos (eu, a Jess e a Bec) para uma sessão de compras de comida, à caça dos preços baixos. E, quando voltámos para o campus, fomos diretas para o edifício onde estão reunidos todos os serviços para os estudantes para, adivinhem só, mais uma refeição grátis.
Como se a O-Week não chegasse, hoje todos os clubes da universidade organizaram-se e fizeram uma feira para demonstrar, uma vez mais, o que se faz em cada clube. E, uma vez mais, houve direito a comida grátis com fartura (desta vez até smoothies grátis tivemos!).

Na parte da tarde fui para casa ver se estudava um bocado, dado que todas as semanas tenho leituras para fazer para a prática de AUST101 em que tenho de entregar uma folha com as notas que tirei sobre os artigos.

À hora de jantar, o apartamento 36 seguiu novamente rumo à comida grátis. Como todas as quartas feiras há um Meet & Eat das nossas residências (sempre com comida de um país diferente), lá fomos ver o que era o jantar. E, para pouco espanto nosso, eram as clássicas salsichas australianas porque ninguém se tinha voluntariado para fazer o jantar e os student leaders só tinham arranjado esta solução. Mas, para sobremesa, trouxeram-nos Pavlova, um doce típico australiano com um nome típico russo que é basicamente um suspiro com fruta em cima.

Depois de jantar, voltámos para o nosso apartamento para a nossa típica pré party de quarta feira mas,  horas depois e todos mortos de sono, deixámo-nos ficar por casa, desperdiçando todo o outfit e preparação prévia.


Isto é o caminho que tenho de fazer todos os dias, já no campus!
Estes são os edifícios de Old Kooloobong, onde eu vivo!


Quinta-feira:


Depois de uma aula teórica de ENGG440 com o Jake, ambos seguimos para a aula prática da mesma cadeira onde, os dois bastante envergonhados, chegámos à conclusão que precisávamos de mais gente para o nosso trabalho de grupo (debate). Depois de termos ponderado quase toda a gente que estava na sala, um rapaz do Sri Lanka e um do Paquistão aproximaram-se e perguntaram se se podiam juntar a nós para o projecto. Todos contentes por termos uma equipa toda multicultural e óptima para o tema que queríamos (sobre a UOW ter um plano estratégico para chegar aos 1% melhores universidades do mundo), descobrimos que esse tema já tinha sido escolhido por outra equipa e que, portanto, teríamos de ir para um como "Mining in Australia is sustainable" o que, apesar de ter muito mais informação na net, não nos atrai como o tema anterior.

Após um almoço no Unibar com os nossos cupões mágicos - no final da nossa agenda de estudante há uma série de cupões que nos dá descontos em várias lojas/restaurantes do campus (cá em casa vivemos 5 estudantes e temos cerca de 20 agendas só por causa dos cupões), segui para a aula teórica de MGNT110 - uma repetição da aula teórica de segunda feira para quem não pode ir a essa aula.

Mal acabou, segui para o edifício 19 onde iria ter a próxima aula prática. Apesar de ainda faltar um bom tempo para a aula, ir mais cedo para o edifício 19 nunca é mal pensado - este é o edifício onde todos os alunos da UOW se perdem pelo menos mil vezes durante o curso (de qualquer forma, aqui vai-se sempre cedo para as aulas - 15 minutos antes a sala já está cheia).

Na aula prática de AUST101 basicamente apresentamo-nos uns aos outros e tivemos uma breve discussão sobre as leituras que fizemos para casa, pouco ajudada pela professora que, ao ser questionada com uma pergunta relacionada com a matéria, prefere sempre a resposta "O que achas tu?".
Nesta aula também foi interessante ver que não éramos assim tantos estudantes de intercâmbio mas que há vários australianos que, ao ter de escolher uma cadeira fora do ramo de estudos deles, escolhem esta por parecer simples e culturalmente importante - aqui, mesmo um estudante de engenharia, os estudantes têm de escolher quatro cadeiras diferentes das obrigatórias durante o curso.



Sexta-Feira:


Já toda a gente percebeu que o apartamento 36 vive com objectivo de encontrar comida grátis em todo o sítio, mas quem é que sabe o que é que ele é capaz de fazer para ter essa recompensa?

Depois de acordar cedo numa sexta feira e em jejum, lá fomos nós para o centro médico do campus dar um bocado de sangue para uma investigação sobre a quantidade de omega 3 no sangue em troca de um voucher de comida de $10.

Autorização e questionários assinados (em que basicamente só havia perguntas para avaliar a nossa sanidade mental), lá segui eu e o Conna para a sala onde nos iriam tirar o sangue. 5 minutos depois, o Conna estava pronto. Já eu, após ter respondido que não adoro tirar sangue, tive direito a televisão ligada, pernas para cima, almofada no braço, etc... até que, depois de tanto mexer, a enfermeira chegou à conclusão que não encontrava a minha veia e que seria um massacre para mim se mesmo assim tentasse tirar.
Voucher de $10 na mão (foi-me dado antes de eu me amaricar e não dar sangue), lá fui eu falar com o estudante de PhD e prometi-lhe que voltaria para a semana, desta vez com alguma água bebida (pelos vistos o problema foi de não ter bebido água antes de ter ido para a "consulta", as minhas veias estavam "vazias" e, consequentemente, muito difíceis de encontrar).

Depois de vir a casa tomar o pequeno-almoço, segui para a primeira aula prática de MGNT110, apenas de uma hora. Mal me sentei, recebo um bilhetinho de um chinês sentado ao pé de mim: "Erick, nice to meet you. And you?". Esta aula tinha tudo para ser boa.
Após uma apresentação da professora em que fez questão que decorássemos o nome dela, apontando para alunos e perguntando repentinamente "What's my name?" (e que soubessemos que demorou 14 anos a tirar o doutoramento dela), seguiu-se uma apresentação de todos os alunos da turma, em que reparei que, se não a única, eu fazia parte dos 2% que não tinham um part-time.

A seguir seguiu-se uma aula teórica de ENGG461, um completo arrependimento. Depois de toda a excitação do prof sobre um guest speaker que nos iria dar a aula nesta sexta-feira, veio a desilusão quando me apercebi que não era mais do que alguém da "ordem dos engenheiros" australiana a falar sobre a entrada no mercado de trabalho australiano.

Chegada a casa, eu e a Bec saímos rumo ao centro comercial para atacar os saldos da H&M (mais baratos do que em Portugal!!), até nos expulsarem às 17.30 porque estavam a fechar.. - aqui quase todas as lojas fecham às 18.00 ou, neste caso, ainda mais cedo.

Sábado:



Fim-de-semana! Ainda melhor, fim-de-semana de viagem!

Acordada bem cedinho, lá preparei as minhas coisas para um fim-de-semana em Sydney - Pouco depois de ter recebido a confirmação que vinha viver para a Austrália, lembrámo-nos que tinha família a viver cá. A Amélia, uma senhora de 70 anos do lado da família do meu pai, vive na Austrália há cerca de 45 anos com o marido e a filha a nada mais do que hora e meia de distância de Wollongong. Assim, já há um ano que estabeleci contacto com eles para perguntar tudo e mais alguma coisa e para a minha família em Portugal saber que não estou abandonada do outro lado do mundo.

Após conversas e conversas via facebook, este foi o fim-de-semana de os ir visitar e conhecer melhor! Assim, às dez e meia, o namorado da minha prima Carla, que trabalha em wollongong, veio-me buscar para me levar a Sydney.
Depois de uma visita guiada à casa (e que bonita que é!) e almoço rápido (e de um nível muito mais alto do que qualquer refeição que tenha tido aqui nas residências), saí com o Arsénio e a Amélia, que me foram mostrar as redondezas de Sydney.
Como estava muito calor e não havia muito tempo (para além de não haver pressa nenhuma!), não fomos ao centro de Sydney e ficámo-nos por Watsons Bay e Rose Bay, as zonas super ricas de Sydney de onde se consegue uma vista extraordinária da cidade.

Depois de uma volta de carro em que deu para conhecer por alto as redondezas, fomos para casa e aproveitei para estudar já que tenho um teste já na semana 3 da universidade (atualmente é a 2). Às 18h30 chegou a Carla e o Misel e, com eles, a hora de jantar! E que bem que me soube! Para além de ter uma refeição verdadeira e tão boa depois de tanto tempo, estar sentada à mesa com família na Austrália a falar português!
Para sobremesa tivemos uma Pavlova, desta vez versão caseira e dez mil vezes melhor do que a que tinha experimentado!

Depois de muita conversa, lá se combinaram os planos para o dia a seguir e fomos todos descansar.

Vista de Sydney desde Watsons Bay

Domingo:

Qual é a melhor maneira de acabar a semana senão com um regresso às origens?

Depois de um pequeno-almoço maravilhoso com mangas do quintal, seguimos para um festival português num bairro em Sydney e bem, mais português não podia ser! Com presença do clássico tuga de todos os níveis - desde o clássico azeiteiro com camisola do cristiano ronaldo, brinco na orelha e aparelhagem a dar música pimba aos altos berros, ao casal cuja mulher está farta de reclamar que quer ir para casa porque os saltos de 10cm e a quantidade de jóias douradas com o coração de viana que tem na cabeça já começam a pesar, passando pelos miúdos com kit completo da seleção (chapéu, lenço, punho e camisola), no festival não faltou rancho, concertinas, clube do sporting nem sardinhas! Só faltou foi organização!
Enquanto a parte organizada pelos australianos estava impecável - controlo do trânsito, segurança, barraca de primeiros socorros, dispensador de água e protetores solares para quem precisassem, as barracas portuguesas para ter acesso a uma mísera sardinha demoravam cerca de 1hora para o cliente ser atendido e outra para o cliente ter o pedido na mão. E, cúmulo dos cúmulos, qual não é a indignação dos cliente quando, após séculos à espera, ouvem duas das cinco empregadas da barraca a dizer "ai ai que já são três e meia, temos de ir atuar! temos de ir atuar!", enquanto trocam o avental pelo gorro do traje tradicional.

Tive a oportunidade ainda de conhecer o Pedro e a Cecília (filho e nora de uma amiga da minha mãe), que vivem em Sydney há dois anos e que também se mostraram logo disponíveis para me ajudar no que fosse preciso!

Depois do festival, fui com a Carla, o Misel e os amigos deles para um café no mesmo bairro para satisfazer a vontade quase geral de comer um pastel de nata.

Chegada a casa (e com um cheiro horrível a sardinha!), fui descansar e ver um bocado de televisão com a Amélia e o Arsénio, que me apresentavam todos os possíveis planos para todas as minhas futuras visitas, deixando-me cada vez com mais vontade de voltar já na semana a seguir!

Portugueses pelo mundo: grupo de concertinas de Sydney


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Embora tardio, aqui veio o relato de mais uma semana do outro lado do mundo. Como podem ver, estou a ter uma experiência espectacular e tenho todo o apoio que for preciso se for necessário!

Domingo escrevo o resto da minha experiência e conto-vos como foi o primeiro teste!
Beijinhos!!

Eva Brink


P.S.: Acho que nunca partilhei aqui mas aqui toda a gente anda sempre tão descontraída que é normal ver pessoal descalço no campus. Até existe um sinal a dizer "No shoes, no service!" no Unibar, dado que já está a chegar a um extremo.

P.P.S.:No outro dia, quando fui comprar um café, reparei que vendem pastéis de nata num dos bares do campus (embora tenham um aspecto duvidoso)



P.P.P.S.: Outra curiosidade engraçada: aqui a galinha é mais cara do que a vaca. As salsichas que comemos são sempre de vaca e, quando queremos comprar, por exemplo, um wrap de galinha temos de pagar um extra sobre o preço do de vaca.

P.P.P.P.S.: Estou à procura de um trabalho part-time aqui tanto para me dar um extra de dinheiro como para conhecer outra realidade da qual estou habituada  mas, ao longo da procura, deparei-me com uma situação muito diferente da portuguesa. Aqui toda a gente trabalha (no mínimo) em part-time desde os 16 anos e tenho vários colegas que estão a trabalhar em full-time enquanto tiram o curso. Não importa se sejam ricos ou pobres

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Começaram as aulas! Week 2

Mais uma semana, mais um post! Aqui estou eu, sobrevivente da primeira semana de aulas!

Aqui na UOW (University Of Wollongong) - não sei se é assim na austrália inteira - temos apenas 4 cadeiras por semestre e cada uma destas, em princípio, tem apenas uma prática (tutorial) e uma teórica (lecture) por semana. Assim sendo, a carga horária de aulas é bastante reduzida quando comparada com a portuguesa e, por isso, temos bastante tempo livre fora da universidade - não significa que seja mais fácil (porque não é!), apenas se faz mais trabalho em casa do que aí.

A menor carga horária aliada a ainda não ter o meu plano de estudos totalmente definido leva a que tenha, por enquanto, segunda e quarta livre.

Feita a introdução, comecemos o relato da semana!


Segunda:


Esta foi uma segunda-feira que soube a domingo. Depois de um fim de semana cansativo e de uma noitada na véspera para escrever o blog (deitei-me às 4h da manhã enquanto cá em casa já tudo dormia às 22h), passei este dia a organizar a tralha do meu quarto (e finalmente tirar tudo da mala!), no meu computador e a ver o que tinha de fazer esta semana.
À noite, já com um bocado de energia, fomos nos arranjar para ir sair mas, quando começou uma chuva torrencial, fomos todas a correr para os nossos pijamas, atacar a nossa reserva de batatas fritas e aterrar na cama da Jess a ver um episódio de uma série estilo novela.


Não tem nada a ver com o texto de segunda-feira mas vejam só o tipo de pássaros que encontramos no campus!

Terça:


Energias repostas, lá saí eu para ir à faculdade tratar do meu plano de estudos e de obter conselhos de professores.
Assim, meia perdida numa faculdade que podia perfeitamente ser na Ásia pela quantidade de indianos e chineses, conheci o Clint enquanto estava a falar com a funcionária responsável pelo atendimento dos alunos. E o Clint salvou-me a vida assim que o conheci. Aluno do quarto ano de engenharia, ele explicou-me como funcionava todo o departamento e deu-me o material das disciplinas a que ainda não tive aprovação - aqui cada cadeira tem no seu moodle (obrigatoriamente!) uma folha com toda a informação da disciplina (quem são os profs, contactos, horários de atendimento, método de avaliação, matéria dada em cada semana, etc) e os powerpoints e materiais de apoio já divididos por semana.
Depois disto fui ter com o professor coordenador de Engenharia Mecânica para pedir a opinião dele em relação às cadeiras que deveria escolher e ele fez logo uma cara feia quando viu que estava inscrita a 5 cadeiras em vez de quatro (e acrescentou que eu não iria conseguir fazer isso).

Depois de toda a papelada tratada e entregue, chegou a hora da minha primeira aula! Australia101, cultura e identidade nacional.
Assim que cheguei ao auditório cheio de estudantes de intercâmbio (novamente 90% americanos), reparei logo num ecrã no canto direito com mais uns poucos alunos sentados em diferentes salas por toda a Austrália  - a UOW, para além de ter campus fora do país, tem também vários pólos pela austrália e, nestes, algumas das aulas são um streaming das aulas que nós estamos a ter aqui, no pólo principal.
A aula começou com uma pequena apresentação da professora e (a diferença que mais notei ao longo da semana) uma apresentação nossa. A professora andou a saltar de aluno em aluno com o microfone na mão a perguntar como nos chamávamos e de onde éramos, para os poucos australianos que lá estavam terem uma noção da interculturalidade presente naquela sala - chegou a dizer que, para os que não tiverem oportunidade de ir de "erasmus", estar nesta aula era quase como fazer um intercâmbio.
Passadas duas horas de uma aula muito soft (e mesmo assim interessante!) sobre o básico da cultura e da história australiana com uma professora incrivelmente motivante, lá segui eu para a minha primeira aula prática de Engenharia.

Managing Engineering Projects, numa aula sem grande coisa para fazer por ser antes da teórica, aqui foi explicado o programa da disciplina e o método de avaliação: trabalhos, mais trabalhos e mais trabalhos. E, no meio destes inúmeros trabalhos, um deles é de grupo. E aqui chega o grande terror de cada aluno de intercâmbio que está sozinho numa disciplina. Assim, reunidos dois grupos de 5 amigos, sobram mais cinco pessoas sozinhas na sala até alguém dizer "E se formos um grupo?".  E assim se formaram três grupos naquela aula prática: dois de típicos rapazes australianos e que estão a tirar o curso juntos desde o primeiro ano e o grupo das minorias (que tinha de ser o meu) - um rapaz australiano claramente introvertido, uma rapariga a estudar engenharia civil, um chinês, um senhor de cinquenta anos que imaginei logo a conduzir um autocarro dos SMTUC enquanto te diz "Bom dia!" com um grande sorriso na cara e eu.


Quarta:


Quarta-feira significa dia livre e, enquanto estivermos em épocas pouco carregadas, significa dia de fazer algo diferente! Roupa de desporto posta e ténis nos pés, lá saí eu e mais três estudantes internacionais (adivinhem lá a nacionalidade) para uma caminhada no monte Keira (deve ser um requisito divino: onde quer que eu vá de intercâmbio, tem de ter um monte com uma forma esquisita).
Ouvindo os conselhos de toda a gente, não fui de calções por causa das "leeches" coisa que, ainda meia a dormir, interpretei sempre como silvas (e fazia sentido!).

Depois de hora e meia perdidas no meio de uma montanha com uma beleza e natureza muito diferente do que estou habituada (e de ter passado um sinal a dizer "NÃO PASSAR!" pois tivemos instruções explícitas de que esse era o caminho certo), decidimos fazer uma pausa para aproveitar as vistas. Mas essa pausa não durou muito: 5 segundos depois de termos descoberto que estávamos num lugar completamente diferente do que o que em que queríamos estar, uma das americanas começou aos berros enquanto apontava para o tornozelo da outra. Depois de (a algum custo) retirada a mini lagarta da perna dela, a mesma americana grita novamente a apontar desta vez para a outra perna da amiga - mais uma mini lagartinha. Assim, no meio de berros e saltos das americanas (e na minha inocente calma de quem não sabia o motivo de tanto histerismo), descemos todo o caminho que fizemos em hora e meia nuns meros dez minutos.

Quando cheguei a casa a primeira pergunta foi logo "Encontraram "leeches"?" com uma cara de nojo e, curiosa, decidi ir pesquisar a tradução para português. Nada mais nada menos do que sanguessugas. E assim, já entendendo o motivo de tanto histerismo, lá fui eu a correr para o duche tentar tirar todo o resto de floresta que em mim havia, como medo de ter uma sanguessuga algures agarrada.



                  Mount Keira, Wollongong;               Pietra di Bismantova, Castelnovo ne Monti;

Quinta:


Num recorde de hora de despertar durante a semana, eu e o Jake (estudante de intercâmbio do Canadá que também está em Engenharia Mecânica) fomos cedo para a aula teórica de Strategic Management of Engineering. Ou pelo menos tentámos. Dez minutos depois, perdidos no campus e completamente encharcados, lá chegámos ao auditório onde iríamos ter aula.
Depois de uma aula de apresentação da disciplina e de ouvir um bocado da divagação do professor em relação à universidade andar a pedir demasiado dinheiro aos alunos para estudar aqui (acho que, em média, as propinas custam cerca de 15 mil euros por ano - não tenho a certeza!), seguimos os dois para a aula prática da mesma disciplina, desta vez com uma professora. E, novamente, a primeira coisa que se fez foi uma apresentação da professora, sentarmo-nos em grupos de forma a que seja mais propícia a conversa com o diferentes colegas(e não só com o que está ao lado) e jogar ao "2 truths and 1 lie" de forma a conhecermo-nos melhor.
Apresentado o programa da disciplina, descobrimos então o método de avaliação: três testes nas aulas práticas e um debate durante uma das aulas - o jake e eu imediatamente escolhemos o tópico "A UOW tem um plano estratégico para chegar aos 1% de melhores universidades do mundo" e começámos logo a escrever inúmeros argumentos num caderno.

E como (para além das montanhas esquisitas) há também a regra sagrada de que, quando a Eva vai de intercâmbio, algo de esquisito se passa com o corpo dela e ela tem de ir ao médico, lá fui eu ao médico do campus. Dúvidas tiradas, consulta feita, receitas passadas e conta final a $0 (foi uma maravilha descobrir que o meu seguro faz com que as consultas no campus sejam grátis), segui para a faculdade de engenharia para ir falar com um professor e, porque não, visitar um professor português na minha faculdade.
Num complicado "Boa tarde!", "What?", "Não é português?", "Sorry?", "Weren't you portuguese?", "I am Vitor", "Yes, but aren't you portuguese?", "Yes I am", "Ah! Então!! Eu disse "boa tarde!"!" e um pedido de desculpas por esta confusão, conheci o professor Vitor Sencadas, do Minho, que está a trabalhar aqui na universidade e que me disse que há mais portugueses aqui e que apresentaria para a semana no meio de um café da manhã.

Enquanto fazíamos tempo para sair para jantar e estávamos na sala à conversa, abri uma notificação de um evento a que tinha dito "Vou" no facebook sem sequer ler bem a descrição. Notificação esta que levava a um post com um escalonamento de trabalho para o tal evento e que, para este, estavam alocadas (nada mais nada menos do que) as pessoas que tinham dito que iam ao evento. Escalonamento analisado, descobrimos portanto que a maior parte dos trabalhadores responsáveis pela venda de salsichas no dia a seguir eram os habitantes de velho apartamento 36 (e, melhor ainda, o Bruno que, apesar de estar em Portugal, tinha então a responsabilidade de estar na banca ao meio dia).
Depois de enviarmos todos uma mensagem à responsável do evento (que é claramente alguém que não sabe muito bem como funciona o facebook) a dizer que afinal não podíamos, ficámos com pena da senhora (e também com pena de desperdiçarmos o almoço grátis e o material de mergulho grátis - descobrimos depois que era uma atividade do grupo de scuba divers da universidade) e remarcámos os nossos turnos, desta vez de acordo com o nosso horário escolar.

Às oito lá saímos nós (Abby, Michelle, Ang e eu) para um jantar com umas italianas que elas conheceram hoje, ao qual se juntaram duas raparigas suiças. E digo-vos já, o maior desafio de viver em Wollongong é arranjar um restaurante que ainda sirva às nove da noite!
Depois de um jantar num fast food mexicano, seguimos para um bar mas, passado pouco tempo, as dores do dente do siso já eram tantas que já só queria vir para casa.
A tentar evitar ao máximo ter de chamar um táxi, publiquei no grupo da nossa residência se haveria algum party bus a voltar para cá e, em resposta, o Jacob (com quem fui às compras no outro dia) mandou-me uma mensagem com os horários do tal autocarro e disse que ia buscar a "namorada" em breve e que me poderia dar boleia também. Como isso não iria acontecer pelo menos nos próximos quarenta e cinco minutos (nem o autocarro) e a necessidade de tomar um analgésico era gigante, não tivemos solução senão ligar para o táxi. Até que, no meio da chamada, recebo uma mensagem do Jacob a dizer que nos vem buscar porque também não está a fazer nada em casa!! (ainda existem anjinhos na terra!!

Sexta-Feira:


Com muita dificuldade de sair da cama, lá os habitantes do 36 (menos a Bec) se foram preparar para ir trabalhar.
Pelos vistos, a venda de salsichas seria à entrada de um armazém/loja de bricolage - Bunnings - e existe em todas as lojas desta marca por toda a Austrália. Quase todos os dias, à entrada de cada Bunnings pelo país, está sempre uma associação sem fins lucrativos a vender salsichas e sumos para tentar angariar algum dinheiro. E assim, toda a gente que vai a esta mesma loja, sabe que vai almoçar nesta barraquinha. Sem saber, fiz a coisa mais australiana que poderia fazer durante todo este ano!

Depois de nos passarmos por Scuba Divers durante uma hora (o presidente do clube de mergulhadores ficou um bocado confuso quando chegou à banca do seu clube e não conhecia nenhuma das pessoas que estava lá a trabalhar), voltámos para o campus e para as nossas aulas.
Fui então para a aula teórica de Managing Engineering Projects, onde encontrei um mexicano que veio comigo no transfer e lá assisti exatamente ao mesmo discurso que ouvi na aula teórica de quinta (o professor regente das duas cadeiras é o mesmo, mas felizmente as aulas teóricas desta disciplina serão dadas por outros dois professores).

Num desespero muito grande com o meu dente do siso, lá liguei para todos os dentistas da cidade (e lá recebi uma tampa de todos eles). Até que, para aí na sexta chamada e depois de ter dito que só segunda-feira, a secretária me diz que, se as dores forem muitas, me arranja um espacinho ainda hoje.
Assim, cheia de medo por ir para um dentista de que nunca ouvi falar e sem qualquer review na internet, fiquei super aliviada quando cheguei ao sítio e descobri que, para além de realmente existir, tinha bom aspecto.

Segunda-consulta da semana feira (venham aí doenças, já domino o sistema de saúde australiano) e menos $60 na minha conta (desta vez não fiquei assim tão contente com o meu seguro), vim para casa descansar.
Jantar feito e casa quase vazia por ser fim-de-semana, eu e a Jess ficámos a ver o "the Help" na sala.

                                                Scuba Diving Club Sausage Sizzle

Sábado:


Logo pela manhãzinha aproveitámos o tempo chuvoso e fomos no carro da Jess para o centro comercial, onde fomos tentar procurar preços mais baratos de bens essenciais (o meu consumo de carne vai reduzir drasticamente) e comprar as últimas coisas que faltam aqui em casa.
À tarde foi dia de lavar roupa e, enquanto esperávamos que os lençóis acabassem o programa na máquina de secar, fomos à Gratitude Room (uma sala que a nossa residência tem cujo conceito é deixar lá o que já não precisamos e qualquer residente pode ir lá buscar o que precisa) e, passado uma hora perdidas nas coisas de outras pessoas, voltámos com um balde cheio de tralha.

Limpezas todas feitas, a Jess, o Conna, eu, a Hannah e a Brenna (amigas do Conna), seguimos para a inauguração de um bar no centro (às oito e meia......) onde tivemos a noite toda a jogar ao quatro em linha e ao jenga com grupos de australianos. À meia noite (hora em que os bares fecham...), seguimos para um restaurante de kebabs onde fomos repor as energias antes de iniciarmos a longa caminhada de volta para a residência (a Jess, por alguma razão, achou que lhe apetecia uma caminhada de uma hora).
O quarto a ficar cada vez mais pessoal! Em breve chegam 60 fotografias para colar na parede



Domingo:


Depois de um brunch na nossa varanda com panquecas feitas pela chef Jess, cada um de nós foi tentar começar a estudar. Este estudo não teve, no entanto, grande sucesso pois, quinze minutos depois, houve uma reunião de grupo no meu quarto em volta da secretária que eu acabara de destruir.

No final da tarde veio uma das Student Leaders ter uma conversa com os membros do apartamento para definir organização de limpezas, de compras de produtos comuns, regras e garantir que estava tudo a correr bem e que não havia falhas de comunicação.
Depois desta conversa, começou a preparação do jantar: nachos na varanda (mais conhecido por Balco*)!

*Balco: de balcony, inventado na semana passada.

Esta semana choveu tanto tanto que não deu para ir à praia. Espero, no entanto, que seja das poucas semanas em que isto aconteça!

                                Isto é uma zona do campus que não costuma ter água..

Agora vou-me deitar que amanhã tenho de acordar cedo para ir ao Bunnings comprar as peças para arranjar a secretária que estraguei e evitar uma multa enorme!

Beijinhos!!
Eva

(esta semana não há direito a vídeo, sorry!!)


P.S.: Coisas engraçadas que já ouvi em relação a eu ser de Portugal:
        "- Tenho um amigo da Argentina! É perto, não é?";
        "- Qual é a tua primeira língua? É inglês?" (obrigada pelo elogio mas não...)
        "- És de Portugal? O nosso dentista é da Colômbia! Podem falar!" (dito por uma russa..)

P.P.S.: A quantidade de pássaros que anda pelo campus é incrível! Para além dos patos assustadores (que são a mascote da universidade), já encontrei pássaros com cores incríveis e pássaros que, sozinhos, fazem uma barulheira tão grande que não deixam ninguém dormir


P.P.P.S.: Os australianos são super preguiçosos e adoram diminuir as palavras. Assim como:
avo - afternoon
rego - registration
reffo - reffugee
e por aí em diante, daí a razão da nossa varanda se chamar "Balco"

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