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Um mês! (e portanto Week 4)

Olá a todos!!

Não fosse o facto de ter de escrever um título para o post e eu nem reparava que já estava aqui há um mês! É verdade, faz hoje um mês que aterrei em terras australianas (embora tenha saído de portugal já dia 17 de fevereiro).

Então, vamos lá começar o relato da minha semana para os que ainda têm paciência para ler isto (e para mim para o futuro, que a memória não dura para sempre!):

Segunda-Feira:

Como tudo o que é bom tem um fim, segunda-feira de manhã foi dia de vir de Sydney rumo a Wollongong. Mas não vim de mãos vazias! Para acabar a espectacular recepção que tive em Sydney, a Amélia preparou-me um saco de miminhos para trazer: bolo, granola, mangas do jardim deles (deliciosas!) e postas de bacalhau (para quando tiver com um ataque de saudades de comida portuguesa!!).

Assim, às seis e meia da manhã lá foi o Arsénio (um herói por ter acordado a esta hora só para me dar boleia!) levar-me a casa da Carla (minha prima), onde tinha combinado com o namorado dela para me trazer de volta a Wollongong. Numa viagem marcada pela luta interna no meu corpo para me manter acordada, o Misel ainda fez questão de fazer um desvio para me mostrar o maravilhoso parque nacional e fazer a Grand Ocean Drive (infelizmente estava muito nevoeiro e a vista não estava no seu auge mas mesmo assim foi bonito).

Chegada às residências, fui diretinha para a cama fazer uma sesta de duas horas para poder ter um dia mais produtivo.
Quando acordei, fui para o campus (isto é, andei 500metros) tratar da papelada por ter mudado o plano de estudos - é incrível a organização e a rapidez com que eles tratam disto aqui; Quem atende são estudantes que trabalham no centro de apoio ao estudante em Part-Time (um deles é o que nos foi buscar ao aeroporto) e mesmo assim funciona super bem!

Papelada tratada, a Jess, eu e a Bec fomos para a biblioteca estudar - é a terceira semana de aulas e já é difícil de encontrar lugares na biblioteca - mas desistimos passado um bocado e seguimos para casa.

Para quem me pergunta como é Sydney:
Como disse, ainda não visitei o centro da cidade e, por isso, ainda não posso falar da Opera House e afins. Mas, do que vi, a maior diferença que noto com qualquer outra cidade grande em que já tenha estado é o facto de quase não haver prédios. Claro que há prédios (e gigantes) no centro mas nos subúrbios não se vê nem um. São tudo casas e, portanto, a cidade estende-se por kilometros e kilometros (e é super difícil e caro de arranjar uma casa!).

Grand Ocean Drive (infelizmente com nevoeiro)

Terça-Feira:

Depois de madrugar para a minha aula prática de Introdução à Gestão, perdi-me no edifício 19 (clássico) e cheguei 10 minutos atrasada. Juntei-me a um grupo qualquer e lá acabei o trabalho que a professora tinha pedido no início da aula.
Novamente voltei a reparar que é dado garantido que todos os alunos que estejam na sala já tenham experiência de trabalho e, relativamente a um dos P.S. de um post anterior, que chamam "Maccas" ao McDonalds, mesmo os professores.

Numa pausa do meu estudo intenso para o teste da tarde, a Abby e eu seguimos para o Unibar (que, pelos vistos, é uma coisa que existe em todas as universidades australianas) gastar mais um dos nossos cupões num Schnitty Burger e Wedges - Hamburguer de panado de frango com as melhores batatas do mundo.

Depois do almoço, fui de novo para a biblioteca onde tinha encontro marcado com o meu grupo de trabalho de ENGG461 para discutirmos algumas respostas do teste que teríamos a seguir - o professor deu-nos as perguntas antes do teste e a maior parte delas é relacionada com o trabalho de grupo que temos para a disciplina e a estratégia que cada um está a utilizar para o realizar (acreditamos profundamente que o teste só existiu para nos obrigar a reunir e discutir o trabalho, que é a estratégia do professor para nos obrigar a ir fazendo progressos).
Respostas discutidas, lá seguimos para a sala para fazer o teste. E, ao contrário de todas as minhas teorias da conspiração e pesadelos, afinal ele era praticamente igual (numa das minhas reflexões sobre o porquê de ele nos ter dado o teste previamente, ponderei que poderia ser uma ratoeira e que o teste não teria nada a ver com aquele).

Primeiro teste feito, foi hora de repor o blog da semana anterior (e isto ainda leva umas boas horitas!).
A caminho do nosso jantar numa outra residência da universidade (a convite das raparigas italianas), reparei numa outra diferença gigante entre portugal e australia/américa. Enquanto eu fui trocar de roupa e meti uma coisa mais bonitinha, elas foram simplesmente de calções de fato de treino e t-shirt (mesmo sendo a primeira vez que íamos jantar lá a casa).

Massa italiana muito bem cozinhada (e com direito a sobremesa a seguir!), o jantar foi super giro e deu para conhecer melhor as italianas e o resto do pessoal que estava lá - 5 americanas, 1 canadiana, 1 australiana, 1 taiwanês, eu e as italianas.


Quarta-Feira:

Litro de água bebido mal acordei, lá segui eu para a segunda tentativa de tirar sangue para ajudar a tal investigação sobre a quantidade de omega 3. A enfermeira, já alertada do meu historial, lá estava com as precauções todas preparadas especialmente para mim. Depois de tentar (com direito a seringa) no braço esquerdo, lá desistiu e passou para o direito onde, a muito custo, lá tirou o que precisava e mandou-me à minha vida.

A seguir ao almoço segui para o campus para ir tomar café com a Whitney, uma americana que fez uma publicação a dizer que ia para a Nova Zelândia na páscoa e que está à procura de pessoas para se juntarem. Como esse é um dos planos em consideração, fui conhecê-la e ver se estaríamos na mesma onda de viagem.
Depois do encontro com a Whitney, segui para um encontro com a Ciara, uma irlandesa com quem já tinha falado um bocado antes de vir para cá.

A meio da tarde eu e a Bec seguimos para a H&M e uma segunda ronda de compras super baratas (ainda mais quando, pela segunda vez seguida, o senhor só passa o código de barras de 4 das minhas 5 peças).
Super contentes com as pechinchas que conseguimos (mais baratas do que seriam em Portugal), lá seguimos para casa (que estava a brilhar, depois de eu ter mandado um alerta porque ninguém tinha feito as tarefas da semana).

E como não podíamos acabar o dia tão felizes como saímos do centro comercial, recebemos a notícia que esta semana não haveria Meet and Eat e, por isso, não teríamos jantar grátis e teríamos de gastar do nosso dinheiro - coisa que achamos impensável a uma quarta feira.

Quinta-Feira:

Depois de uma maratona à chuva, cheguei à aula teórica de ENGG440 onde estava o Jake à minha espera (não fosse eu a Eva e estivesse a horas).
Já com café na mão, seguimos para a aula prática da mesma disciplina onde a professora anunciou os grupos em que estamos para o debate e, felizmente, conseguimos o nosso tópico inicial da estratégia da UOW para atingir o top 1% de universidades do mundo!
Na aula também reparei que havia um rapaz com um nome português mas depois vim a descobrir que é um indiano cujo tetravô era português.

Enquanto vim a casa para almoçar e acabar o meu trabalho para a última aula, começou a chover torrencialmente e desisti de ir à minha aula teórica de Gestão - estas últimas duas semanas tem chovido de uma maneira ridícula que até a universidade mandou uma notificação a todos os estudantes para ter cuidado por causa das cheias.
Quando a chuva acalmou, aproveitei para ir para a minha aula de Australia101, onde tivemos a discutir o mítico "é a Austrália um país novo ou velho?" e um pouco da história. Foi também nesta aula que eu conheci a Ana, uma rapariga da Eslovénia que está cá durante este semestre e que pelos vistos mora no andar acima de mim.

À noite, embora tivéssemos combinado ir sair, ficámos em casa à espera que o Brad (namorado da Bec, que veio cá passar o fim de semana) chegasse e, por causa da quantidade ridícula de chuva, acabámos por nem meter os pés na rua. Depois de ir buscar a Bec, ficámos na sala a ouvir as impressões dela do seu primeiro cocktail de direito (a sociedade de direito aqui da universidade é toda fancy e organiza 4 ou 5 cocktails/galas durante o ano).



Sexta-Feira:

Depois de uma manhã preguiçosa passada na cama, lá segui para a aula teórica de ENGG461 onde encontrei o Eduardo - estudante de intercâmbio do México com quem vim no transfer logo no primeiro dia - que tem sido a minha companhia em todas as aulas de sexta feira.

Pouco depois do final da aula, já estava a nossa casa cheia de gente vestida de verde preparada para os pre games antes da noite de St. Patricks. Quando chegou a hora de ir para os bares (que aqui é às dez mais tardar) e como ainda faltava para o party bus ir para o centro, aproveitámos e inaugurámos o serviço da Uber que começou aqui na quarta-feira (e pagámos $8 em vez de $20),

Saídos do carro, corremos na chuva rumo ao Dicey Rileys, um pub irlandês onde o espírito de St.Patricks estava no máximo. Depois de ter perdido o meu grupo de amigos, acabei a ir para o the Harp, um bar de karaoke, com o Eduardo, a Sarah (única pessoa que conheço que fica um ano em Wollongong) e uns americanos que conheci no pub. Mas, como a fila estava gigante, segui para o Hotel Ilawarra, um dos sítios para onde nós costumamos ir - e entrei precisamente quando estavam a dar a Danza Kuduro (música portuguesa e espanhola que acho que era a única pessoa no bar a conhecer).

Quando o bar começou a esvaziar, lá seguimos para um restaurante turco para comer uma pizza (e eu uma pide, um prato turco com que ando a ter sonhos desde que fui à turquia, e que acabou por ser uma desilusão) e depois apanhámos um Uber para vir para casa (cujo condutor era um indiano que está a fazer o mestrado em engenharia).

Eu e a Bec no pub irlandês na noite de St. Patricks

Sábado:


Dia de compras e de limpezas, este sábado acabou por não correr como esperado quando, a sair do estacionamento inclinado, a Jess meteu a primeira em vez da marcha atrás e passámos por cima de um bloco de cimento que está lá para controlar o estacionamento e não deixar os carros ir muito para a frente. Pior foi quando, a tentar tirar o carro, o Conna, com o pé no máximo no acelerador (e desta vez com a mudança certa!), deixou o carro descair e, consequentemente, bater num muro que estava à frente.

Depois de chamar a assistência e de puxar o carro, lá seguimos para casa e não voltámos a sair, com medo de bater outra vez. Assim, aproveitámos para lavar os nossos lençóis e afins, tarefa sempre muito divertida.



Acho que estas não precisam de descrição

Domingo:

Quando acordei, já a Jess tinha partido para um pubcrawl (às dez da manhã, sim). 

Tentando começar o dia com um bom pequeno-almoço, lá fui preparar uma taça de fruta, iogurte e sementes e um pão com nutella. Posei-os na mesa da varanda para ir buscar um copo de água e, quando voltei, já havia uma reunião de 5 pássaros à volta da minha comida. Isto de comer ao ar livre é muito bonito mas aqui na Austrália não resulta bem.

Hoje aproveitei para organizar as minhas coisas da universidade e começar a estudar para um teste que tenho amanhã (mas é online então fica disponível durante 48 horas) e ao final da tarde, depois da Jess já ter chegado e ter adormecido duas vezes no corredor, seguimos para o Domino's, onde fomos buscar a nossa maravilhosa encomenda de pizzas a $5.

O resto do dia passei-o a procrastinar, escrever este post e tentar decidir como serão as minhas férias de páscoa - Nova Zelândia ou Tasmânia?

Beijinhos a todos!

P.S.: Parabéns Hugo!
P.P.S.: Feliz dia do pai, Pai!






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