Segunda-feira:
Como habitual, a semana para mim começa com um dia livre e, como no fim-de-semana raramente adianto trabalho, hoje aproveitei para estudar a primeira matéria de gestão pois tenho até quarta feira de manhã para resolver o quizz no moodle!
No final do dia houve uma reunião com todos os habitantes da parte velha de Kooloobong para serem discutidas regras da residência, dicas de segurança e, como não podia deixar de ser, para comermos pizza grátis - a estratégia da comida grátis é para ter a certeza que têm pessoas nos eventos e, até agora, tem resultado muito bem.
No meio da reunião falámos também de sexo protegido e consentido e, para ilustrar, vimos o melhor vídeo de sempre feito sobre o assunto. Deixo aqui o link porque acho que vale mesmo a pena ver: vejam aqui!.
No meio da reunião falámos também de sexo protegido e consentido e, para ilustrar, vimos o melhor vídeo de sempre feito sobre o assunto. Deixo aqui o link porque acho que vale mesmo a pena ver: vejam aqui!.
Terça-feira:
Às oito e meia da manhã lá fui eu para a minha aula de gestão, esta semana com o tema de recursos humanos. Depois de a professora me ter ouvido a dizer ao meu grupo que eu já tinha organizado recrutamentos, o dever de leccionar a aula quase que foi inteiramente transferido para mim e, assim, lá estive eu a falar da minha experiência enquanto coordenadora de recursos humanos da ESN Coimbra.
Depois de uma hora a fazer de professora, segui para a biblioteca para adiantar um bocado de trabalho e pensar no atual dilema: tenho dois sítios onde estão a oferecer almoço no campus mas não tenho muito tempo, o que fazer?
Enquanto tentava chegar a uma solução, aproveitei para ir à zona de apoio informático da universidade para ver se conseguia instalar um programa que preciso para uma das minhas disciplinas. Dez piscinas nadadas à volta da universidade por me terem indicado o sítio errado, lá cheguei à helpdesk (que não era nada mais do que o edifício colado à biblioteca). Depois de inúmeras tentativas falhadas para instalar o programa, chegou a hora de almoço e com ela a decisão final. But, why not both?
Assim, numa corrida contra o tempo, consegui fazer a proeza de escrever o meu nome a tinta numa banca à porta da biblioteca para ter direito a comida, comer um delicioso wrap de galinha e estar a tempo numa sessão de esclarecimento da Northrop, onde no fim teria direito a umas fatias de pizza (Pessoal, estou a adorar esta cena de comida grátis - a sério que sim!- mas podiam por favor variar um bocadinho e não ser sempre pizza do Domino's?).
Assim, numa corrida contra o tempo, consegui fazer a proeza de escrever o meu nome a tinta numa banca à porta da biblioteca para ter direito a comida, comer um delicioso wrap de galinha e estar a tempo numa sessão de esclarecimento da Northrop, onde no fim teria direito a umas fatias de pizza (Pessoal, estou a adorar esta cena de comida grátis - a sério que sim!- mas podiam por favor variar um bocadinho e não ser sempre pizza do Domino's?).
O show case da empresa serviu para conhecer um bocadinho mais sobre a mesma e descobrir as oportunidades que um engenheiro aqui em Wollongong tem, o que foi engraçado. Serviu também para conhecer o Devin, um rapaz super simpático do Sri Lanka que fez intercâmbio em França no ano passado (e claro, serviu para comer uma fatiazinha de pizza).
A seguir à aula teórica de Australia101 onde estivemos a falar do que é necessário para o trabalho da semana que vem, segui para a minha aula prática de ENGG461, onde vim a descobrir que sou colega do Devin e consegui finalmente instalar o programa que queria, com ajuda de um rapaz do meu grupo.
No final do dia (e depois de ter descansado a ver um episódio de Suits), segui para uma sala de estudo com o Jake para começar o estudo para o teste de quinta. Não me lembro se já referi isto no blog mas as minhas residências têm quatro salas de estudo totalmente equipadas que podemos requisitar para ir estudar sozinhos ou em grupos.
Assim, depois de o Jake me ter ajudado a responder ao meu quizz de gestão, começou a jornada de estudo para o primeiro teste de ENGG440.
Quarta-feira:
Quarta-feira, apesar de querer aproveitar para estudar, fui buscar uma encomenda que o Filipe me enviou e acabei por me perder a manhã inteira nos miminhos que lá vinham dentro.
Depois de almoço ataquei os livros e, no final da tarde, segui para a sala de estudo com o Jake e a Abby, onde ainda se veio juntar o Daanish, um rapaz de origens indianas que conhecemos na semana passada quando ele estava à procura de uma chave de fendas (e, como tive de arranjar a secretária, agora tenho uma). Com algumas pausas no meio do estudo para ir roubar rolos de pizza acabadinhos de fazer à cozinha ao lado, lá acabámos o estudo necessário para o dia seguinte.
Quinta-feira:
Depois de uma discussão comigo mesma sobre ir ou não à aula teórica antes do teste (da mesma disciplina), quando cheguei à aula fiquei mais do que contente por tê-lo feito: o professor estava tão lixado com a pequena quantidade de alunos que apareceu na aula que nos pediu para escrevermos o nosso nome num papel e garantiu que, se algum de nós tivesse algum problema com a nota do teste, ele tentaria ajudar.
Chegou a aula prática e, com ela, a hora de teste. Com o projetor a mostrar uma contagem decrescente do tempo que tínhamos para fazer o teste, mesas separadas e mochilas no chão, lá resolvemos as perguntas do teste a medo - basta termos menos de 40% numa avaliação qualquer da disciplina (pode ser logo no primeiro teste) e estamos automaticamente chumbados.
Depois de ir a casa e almoçar, voltei a faltar à minha aula teórica de gestão por falta de vontade de me meter debaixo da chuva torrencial que tem estado (e todas as aulas são gravadas e publicadas no moodle, o que faz com que não seja grave).
Já a aula prática de AUST101 é obrigatória e, por isso, lá fui eu para o edifício 19. Desta vez sentei-me com uma rapariga australiana que ainda não conhecia e, passado 15 minutos, já sabia tanto da vida dela como da relação conflituosa entre a melhor amiga e o namorado.
Já a aula prática de AUST101 é obrigatória e, por isso, lá fui eu para o edifício 19. Desta vez sentei-me com uma rapariga australiana que ainda não conhecia e, passado 15 minutos, já sabia tanto da vida dela como da relação conflituosa entre a melhor amiga e o namorado.
Quando cheguei a casa, eu e a Jess seguimos para as compras. É uma sorte gigante viver com alguém que tem carro aqui, poupa-nos tempo, trabalho e dá-nos a possibilidade de ir a sítios fora da rota dos autocarros grátis.
Assim, eu e a Jess aproveitámos para ir fazer compras para o mês no Aldi (e, consequentemente, poupar dólares e dólares em bens essenciais), seguida da minha primeira ida ao McDonalds na Austrália - desapontante, a sério: apesar de ter muito mais opções (e até um hamburguer criado pelo cliente!), o sabor está muito aquém do nível português.
| A felicidade na cara de alguém que não sabe que o McDonald's é na verdade bem melhor do que isto |
Sexta-feira:
Sexta-feira foi dia de repor horas de sono e, por isso, não teve direito a manhã produtiva.
No intervalo da aula teórica de ENGG461, o Devin veio-se sentar ao meu lado e perguntou-me se quero aparecer na página "Faces of UOW". É um projecto igual ao "Humans of NY" mas com a população estudantil e ele faz parte da organização. Disse-lhe que iria pensar no assunto (e tentar arranjar algo interessante para escrever com a minha foto) e ficámos o resto da aula a falar.
Depois da aula fui para o Student Lounge preparar um envelope com documentos e recibos para enviar para a minha mãe quando, de repente, dou por mim com um rapaz sentado na minha mesa, a fazer-me mil e uma perguntas. Porque é que estou com cara de entediada, o que estou a fazer, de onde sou, onde vivo, o que estudo, qual é o actual número do Cristiano Ronaldo, que equipa tem uma parceria com a UNICEF.. Passado cinco minutos, dou por mim com dois rapazes exatamente iguais sentados na minha mesa e, passado uns segundos, mais três amigos.
E foi assim que conheci o Raman e o Gagan, dois irmãos gémeos de origem índia que estão no segundo ano de engenharia civil e que acharam que eu estava a precisar de os conhecer para verdadeiramente aproveitar a minha vida académica aqui. Depois de muita conversa, o Gagan e o Raman foram embora porque tinham uma aula teórica para a qual já estavam atrasados. Aula teórica essa que não sei se alguma vez chegaram a ir pois, passado meia hora, apareceram com outro amigo que me queriam apresentar por ser um fã do Cristiano Ronaldo.
| Este é o Student Lounge, um dos mil e um espaços na universidade que podemos usar para estudar ou só para passar o tempo |
Sexta-feira à noite foi dia de ir sair e de conhecer mais bares em Wollongong. Combinei ir a um bar com o João, um rapaz australiano com pais portugueses que acabou o curso no ano passado e está agora a trabalhar na universidade, mas estava tão cheio que não conseguimos entrar. E foi assim que, depois de uma corrida a 2 ou 3 bares, fomos parar ao Mr Crown, onde entretanto encontrei o Markus (da Áustria) e a Melissa (canadiana com pai português e mãe brasileira). Depois de umas cervejas, seguimos para o The Harp, o bar de karaoke onde se vai sempre à sexta-feira mas, apesar de nos inscrevermos, não tivemos oportunidade de subir a palco.
| A Michelle, a Ang e a Cathy na karaoke no The Harp |
Sábado:
Com todas as raparigas de minha casa em Sydney (por motivos diferentes), sábado foi dia de fazer absolutamente nada para além de uma maratona de episódios de Suits e de tentar começar a escrever o meu essay para AUST101 (e de falhar e ir ver mais suits).
Domingo:
E finalmente chegou o bom tempo!
A minha ideia inicial para domingo era ir a Sydney com o Jake para ir ter com o Markus, que passou lá o fim de semana (ir e vir a Sydney ao domingo fica a $2,50, o que é ridiculamente barato). Mas, por não ter adiantado nada do meu essay que é para terça, tive de desmarcar os planos.
Assim, e a tentar aproveitar também o bom tempo, combinei com a Ana (a rapariga eslovena do andar de cima) ir para o Pepe's, um bar na praia, tentar adiantar trabalho.
Depois de uma manhã a fundo a ler artigos, fizemos uma pausa para uma ida à praia que acabou por durar a tarde toda - e onde conheci o grande núcleo de estudantes noruegueses e suecos que está cá e uma rapariga alemã super amorosa!
| Pepe's! |
Para acabar em grande, decidi juntar-me ao clube de atividades ao ar livre na caminhada ao final da tarde. Assim, eu e a Urte (acho que ainda não expliquei quem é a Urte e como a conheço mas é uma história engraçada e por isso fica para um dos P.S.) fomos de boleia com o Mohit (um estudante indiano de engenharia que se disponibilizou no facebook para nos dar boleia) para o ponto de encontro, passando ainda por casa do Alren (também ele indiano) e da Mayrin (da tailândia), para os ir buscar.
Saímos às 19h do ponto de encontro rumo ao topo do percurso Sublime Point, onde teríamos uma vista sobre toda a zona. Através de um percurso ainda mais desafiante do que o normal pela quantidade de lama e pela falta de luz, lá chegámos (a muito custo!) ao topo da montanha. E, como prometido, a vista valeu a pena! Com uma vista ampla sobre as luzes de Wollongong e dos subúrbios, o topo da montanha é uma recompensa gigante para quem fez o esforço da caminhada.
Mas, como tudo o que sobe também desce, pouco depois tivemos de voltar para baixo, desta vez numa caminhada totalmente às escuras, com ajuda de uma ou outra lanterna.
| O que mais gosto em caminhadas aqui é a diferença das plantas de cá e das a que estou habituada! |
| Vista do topo da montanha! |
Eu sei que domingo é dia de escrever o blog mas, depois deste dia, não tinha energias para mais do que um banho e um mergulho na cama!
Até para a semana!
P.S.: A Urte é uma rapariga da Lituânia que estuda engenharia informática e que, há cerca de um ano (quando saíram os resultados da candidatura ao programa de mobilidade), me começou a contactar via e-mail para saber pormenores sobre o resto da candidatura e do processo - o professor dela deu-lhe uma lista de e-mails de pessoas que também viriam para Wollongong com a mesma organização e, no meio delas todas, ela decidiu escrever-me a mim.
Depois de imensos e-mails trocados, decidi ir pesquisar a Urte no facebook para, finalmente, associar uma cara à pessoa. E qual não é o meu espanto quando vejo que tenho um amigo em comum com ela. A Paulina, também da Lituânia, é a melhor amiga do curso da Urte e foi exatamente a pessoa com quem eu me dei melhor no evento internacional da ESN a que fui uma semana antes de pesquisar a Urte no facebook!
Boa
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