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Brisbane and Moreton Island (aka Paradise!) (semana 14)


Tarde mais vai!
Embora tenha andado super ocupada e sem tempo nenhum para escrever, sei perfeitamente que o blog vai ser uma recordação incrível e por isso não quero mesmo escapar semana nenhuma!
Assim, embora quase com uma semana de atraso, aqui vai a minha semana passada.

Segunda-feira, 22 de Maio:

Com teste de ENGG461 (a única cadeira para a qual ainda ambiciono uma boa nota final) no dia a seguir, segunda-feira passei o dia trancada em casa a estudar. No entanto, para não deprimir, desta vez deixei a janela do quarto aberta de forma a poder ver um bocado de natureza. Vi foi demasiada. A meio do meu estudo, olho através da janela e vejo o Tim com um lagarto na mão. Aparentemente, enquanto eu estava a estudar, um lagarto de língua azul apareceu do lado de fora do meu quarto e o Tim foi logo apanhá-lo para nos meter medo.

Susto recuperado, lá voltei ao estudo. Até que, passado um bocado, encontro do lado de fora da minha janela o Keegan (preferias: encontrar um lagarto ou um keegan?). Depois de uma boa meia hora à conversa através da rede contra os insectos que tenho na janela do meu quarto, o Keegan lá perguntou se podia entrar para ir à casa de banho e acabámos por ficar a falar na sala mais a Bec e a Jess.

O resto do dia correu normalmente, sem grandes surpresas e com muito estudo.


Terça-feira, 23 de Maio:

Depois da aula obrigatória de MGNT110 foi hora de vir para casa dormir uma sesta. Energias recuperadas, retomei o estudo de ENGG461 até começar a receber mensagens com o que saía efectivamente no teste (vantagens de ser rapariga num curso de engenharia). Assim, mais focada na matéria que realmente saía, lá estudei até dez minutos antes do teste, quando me fui encontrar com o Steve, o Fan, a Karri, o Craig e o Blake para tirar as últimas dúvidas e ajudá-los.

Teste feito, voltei para casa com o Devin e ainda ficámos meia hora à conversa até ele ter de ir para uma reunião (que desculpa melhor para procrastinar do que fazer companhia a um amigo, não é?). Chegada a casa e com pouca vontade de estudar, lá convenci a Abby e a Jess (embora esta a muito custo) a ir correr à volta do campus.
Banho tomado e jantar comido, ainda tentei ir estudar mas o meu corpo já não aguentava acordado. Assim, decidi ir dormir cedo para ver se quarta acordo cedo e o dia de estudo rende.


Quarta-feira, 24 de Maio:

Acordada logo de manhãzinha para começar a trabalhar, quarta-feira foi dia de estudar ENGG440 e preparar-me para o último teste.
À hora de jantar, houve uma pausa no estudo para ir ao Meet and Eat. Na rubrica semanal de cozinha internacional, hoje era o dia do Markus cozinhar comida típica austríaca. Depois de jantar, seguimos para nossa casa, onde tínhamos um bolo para celebrar o aniversário da Rachel (rapariga de Hong Kong que vive no mesmo prédio que nós e que veio connosco ao fim-de-semana do lago de Jindabyne).

Eu, Laylah, Bec, Conna, Abby, Jess, Rachel e Calvin!


Quinta, 25 de Maio:

A marcar presença logo na teórica das oito e meia da manhã, depois de ter descoberto que o professor costuma mostrar o teste aos poucos alunos que vão já há motivação para sair da cama bem cedinho. Assim, depois de discutir a resposta das escolhas múltiplas com o Isaac, lá fui para a aula prática fazer o teste.

Teste feito, segui para casa para descansar um bocado e depois seguir de volta para o campus para ir aproveitar (adivinhem só o quê!) o almoço grátis. Depois de ir buscar um hambúrguer vegetariano à banca do grupo de Global Communication da UOW (não me perguntem o que é que eles fazem), eu, a Abby e a Jess sentámo-nos na relva a aproveitar o sol. Numa tentativa de não sermos reconhecidas na jornada em busca do segundo, eu e a Jess decidimos trocar de outfit e de personalidade.





Depois de termos encontrado a Urte e o Alren no mesmo almoço, seguimos para o petting zoo, que aparentemente é uma coisa feita em montes de países: para aliviar do stress da universidade, um zoo ambulante com animais de estimação é contratado para passar o dia nos jardins de forma a que os estudantes os possam acariciar. E, como não podia deixar de ser, a amante de animais Eva Brink teve de se ir meter lá no meio. Indo apenas com o objectivo de poder estar um bocadinho com um coelho, a funcionária tentou-me meter uma galinha nos braços mas tive de passar a honra desse momento à minha amiga Jess e contentar-me só com os coelhos.


À tarde, depois de uma aula teórica de MGNT110 a que já não ia há séculos, segui para a aula prática de AUST101 com a Ana e, depois disso, voltei a conseguir convencer a Jess a vir correr comigo, juntando-se também a Abby e a Ana e aumentando-se agora o comprimento do percurso.

Depois de um mini ataque de coração quando descobrimos que em vez de 10 da manhã tínhamos comprado bilhetes de avião para as 6h, eu e a Abby estivemos a planear o transporte para Sydney e o horário do comboio que tínhamos de apanhar para chegar ao aeroporto a tempo.

Depois de um agradável jantar de burritos com toda a gente de cá de casa, lá fui eu fazer a mala e dormir uma hora antes de ter o alarme do telemóvel a tocar.


Sexta, 26 de Maio:

Ainda meia atarantada depois da hora de sono, lá chamámos o Uber e seguimos para a estação de comboios. Depois de quarenta e cinco minutos à espera na estação, entretanto lá chegou o comboio e pude retomar a minha sesta, desta vez acompanhada: embora fossem cerca de três da manhã, o comboio para Sydney vinha com os lugares quase todos ocupados por pessoas que trabalham em construção civil (e começam o dia muito mais cedo do que o resto) a tentar dormir.

Avião apanhado, quando chegámos a Brisbane houve um problema com o shuttle que tínhamos reservado, o que me deu oportunidade para mais uma sesta. Voltas e voltas à cidade depois (e umas belas horas gastas no shuttle que andava meio perdido), lá fomos deixar as coisas no hostel e partimos para o centro da cidade. A caminho, vimos um café especializado em Bagels e, como não podia deixar de ser, a Abby disse logo que eu tinha de experimentar! Assim, depois de ter almoçado um bagel vegetariano maravilhoso, seguimos para o centro de turismo onde iria começar a visita guiada da cidade que tínhamos marcado.



A desconfiar que afinal marcámos uma visita guiada sobre o papel da família da guia turística no desenvolvimento de Brisbane, passado horas a andar pela cidade e a contar histórias da sua família e amigos, a guia lá nos mostrou os pontos mais importantes de Brisbane: passando pela catedral de St Stephen e pelo memorial ANZAC, acabámos por nos separar do grupo quando chegámos à câmara municipal de forma a continuar a visitar o museu e a torre da cidade por nós próprias.

Catedral de St Stephen





Ao final da tarde (e quando os nossos corpos já estavam a pedir descanso), decidimos voltar para o hostel. Através de uma caminhada à beira rio à hora do pôr do sol, lá chegámos à zona do hostel, onde ainda aproveitámos para ir comprar mantimentos para o dia seguinte. Foi também neste dia que dei à Abby o seu primeiro kinder surpresa (eu sei, sou uma má influência e ando a dar coisas perigosas aos americanos).

Depois de uma merecida sesta no quarto, fomos para o terraço do hostel onde havia free barbecue e onde conhecemos mais gente. Pela primeira vez desde que estou na Austrália, ser europeu é a regra e não a excepção!


Vista do terraço do hostel



Sábado, 27 de Maio:

Depois de acordar cedo para aproveitar o dia e de termos tomado pequeno-almoço no hostel, decidimos passar na agência turística que tem gabinete na recepção do hostel para pedir conselhos para amanhã: embora toda a gente fale de sunshine coast, as fotos retratam um sítio normal e não sabemos se vale a pena ir lá. Ao falar com o rapaz da agência, acabámos por mudar os planos e comprar bilhetes para um day trip a Moreton Island com kayaking, snorkeling e stand up paddle.

Tudo resolvido, saímos do hostel em direcção a Southbank, uma área moderna de Brisbane com uma praia artificial e piscinas públicas (e grátis!) perto do rio. Depois de uma agradável caminhada por Southbank em que passámos por coisas tão distintas como mercados de rua, templos budistas e hortas hipsters comunitárias, chegámos à coisa mais distinta a que podíamos chegar e que nos fez o dia: no meio das rochas à beira rio, alguém deixou todos os preparativos de um casamento completamente abandonados.










Milhares de fotos tiradas, seguimos para Kangaroo Point onde parámos para comer um gelado (o magnum double caramel ainda existe na austrália!!!).
A voltar para trás, decidimos ver os mercados e ainda acabei por comprar uma camisola maravilhosa com um coala entediado.

Já cansadas, voltámos para a zona das piscinas, metemo-nos em fato de banho e... adormecemos. Embora o plano inicial era dar um mergulho, o sol a bater e a música de fundo fizeram-nos adormecer.

Vista de Kangaroo Point
Depois de um banho refrescante para esquecer o calor que apanhámos durante o dia (isto é o ""inverno"" de Brisbane!!), fomos a um restaurante comer um hamburguer e uma cerveja por $10, um preço bastante bom que eles têm para backpackers.

Às sete, como marcado no programa social do hostel, fomos para o terraço do hostel para a suposta "rooftop party". Que era composta por, exactamente, mais ninguém para além de mim e da Abby. Passado um bocado, juntou-se o Philip, da Alemanha. E, entretanto, foi-se juntando pessoal e o ambiente ficou agradável. No meio de um grupo maioritariamente francês, acabámos por falar mais com o Dave e o Youri (um inglês e um holandês) e um rapaz da Coreia do Sul cujo nome nunca chegámos a saber.
Embora tivéssemos de acordar às cinco e meia da manhã no dia a seguir, cedemos e começámos a ir rumo aos bares mas, a meio do caminho, decidimos que era má ideia e voltámos para trás.

Eu, o rapaz da Coreia do Sul, o Youri, a Abby e o Dave



Domingo, 28 de Maio:

Com o dia a começar às cinco da manhã, hoje foi dia de viajar para o paraíso. O plano? Apanhar um ferry para Moreton Island e passar lá o dia a fazer kayaking, snorkeling e stand up paddle. "Mas o que é Moreton Island?", perguntam vocês. É a terceira maior ilha de areia do mundo e tem uma barreira de barcos propositadamente naufragados, o que faz com que a concentração de peixes naquela zona seja exorbitante.

Vista aérea de Moreton Island, a zona dos barcos naufragados (a foto não é minha)

Uber chamado, lá fomos nós em direcção ao porto de Brisbane onde depois apanhámos o ferry para a ilha. Assim que chegámos (e porque ainda eram oito da manhã), estendemos as coisas na praia e ficámos a apanhar sol e a passar pelas brasas. Quando o sol já estava mais alto, decidimos ir dar uma volta pela ilha e ver as redondezas. Percebemos assim que estávamos numa zona pertencente a um resort que é estritamente patrulhada e, por isso, não está completamente cheia de turistas.
Depois de uma caminhada desde o resort até aos barcos naufragados em que vimos mil e uma estrelas do mar, aproveitámos e subimos uma montanha de areia no caminho para ter uma vista da ilha mais abrangente.





Assim que chegámos, fomos requisitar os kayaks para ir dar uma volta. E, apesar de o nosso pacote só incluir uma hora de aluguer de cada um dos equipamentos, eles disseram imediatamente que poderíamos ficar com as coisas o tempo que quiséssemos e até sugeriram que levássemos o equipamento de snorkeling ao mesmo tempo para podermos aproveitar ao máximo.
Chegadas à zona dos barcos com a nossa canoa, o plano era deixar a canoa na areia e ir fazer snorkeling ao lado e dentro dos barcos. No entanto, assim que tentámos nadar, fomos completamente arrastadas pela corrente e vimos que este plano não iria resultar. Assim, a fazer turnos de quem ia para dentro de água e quem ficava na canoa, lá conseguimos arranjar um meio termo bastante trabalhoso pois implicava várias entradas e saídas da canoa com várias ameaças de virar tudo.




Depois de duas horas a descobrir os peixes maravilhosos e a apanhar sol na canoa, devolvemos o material, fomos para a praia descansar e almoçámos. Sesta obrigatória feita, lá fomos pedir o equipamento para fazer Stand Up Paddle (ou pelo menos tentar). Sempre a cair quando me tentava meter de pé, só passado quinze minutos encontrei uma posição de equilíbrio, no entanto, bastante instável, enquanto a Abby remava como se não fosse nada.

Mas como tudo o que é bom tem um fim, depois de devolvermos o equipamento de SUP tivemos de ir a correr para o ferry, onde já estava tudo à nossa espera. Embora tenhamos tentado ver o pôr-do-sol no caminho de volta, acabámos as duas por adormecer e perder essa vista magnífica. Regressadas ao mundo real, lá chamámos um uber, voltámos ao hostel, tomámos banho e saímos depois para jantar.
Depois de um prato de esparguete alle vongole e de uma pizza margherita, voltámos para o hostel onde começámos a ver um filme mas tivemos de desistir a meio por causa do cansaço.






Segunda-feira logo de manhã a Abby volta para Wollongong mas eu ainda tenho o dia todo em Brisbane. Quais serão os planos?

Para quem está a pensar vir a Brisbane: depois de falar com vários australianos, tinha expectativas baixíssimas em relação à cidade. No entanto, apaixonei-me completamente e quero, de certeza, voltar em breve! Para além de ser uma cidade com ambiente de cidade mas sem confusão (por não ser assim tão grande), o tempo aqui é maravilhoso e isto é quase o pior que aqui têm (sendo que é quase inverno).

Até domingo!

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